Os Senhores da Terra: A conquista planetária

A formação do universo, a evolução da vida em todos os seus confins, e a existência Humana: assim como todas as questões que norteiam esse infinito amálgama, geram em nossos pensamentos questionamentos que nos movem em uma busca para a obtenção de repostas possíveis. Por meio de ciências como a física, matemática, biologia e química, obtemos as certezas ou possibilidades reais para os questionamentos. Mediante achados da história, arqueologia e filosofia, somos capazes de desvendar verdades do nosso passado ou formular teorias sobre tudo e todos. Todo esse movimento tem a intenção de melhor entender aquilo que chamamos de “coisas”, eventos ou fatos ditos incompreensíveis, misteriosos ou milagrosos. Contudo, é usando o livre pensamento e imaginação que obtemos um infinito mundo de fantasia que, se adubado com incansável curiosidade e inspirado em diversas fontes, se pode obter uma boa história. E é com esse espírito que o autor do livro, Flávio de S. Barreiros, descreve neste drama de ficção histórica, a sua visão dos acontecimentos desde a formação do nosso universo e seus dois sistemas solares irmãos, a criação do Homem e sua interação com sua própria espécie, e desta com seus criadores. Esta obra se apoia em partes dos antigos escritos sumérios, acádios, babilônicos e no Velho Testamento, assim como em outras partes de variadas culturas antigas espalhadas por diversos continentes, a fim de apresentar uma única história, da qual todos nós viemos, participamos, e nos ligamos intimamente em irmandade. Mesmo que a grande humanidade seja composta por várias humanidades, o autor entende que, por residirmos na Terra, fazemos parte da mesma grande família. Igual pensamento se aplica a uma pequena residência composta de pai, mãe e filhos, na qual, com certeza, todos são complexamente diferentes, mas simplesmente semelhantes…Expondo uma possível forma de criação do nosso universo, esta obra foca na origem de dois sistemas solares irmãos, que evoluem distintamente e em épocas diferentes, dentre os quais o mais jovem é o nosso Sistema Solar. Apresentada de forma dramatizada, a narrativa humaniza os planetas em formação que, por meio de convulsões criadoras, inicia com o surgimento de Aquila, um planeta localizado no sistema irmão distante do nosso e gerador de seres com inteligência avançada que, por necessidade de perpetuação da espécie, migraram para o nosso jovem planeta. Devido às demandas adaptativas da nova morada, um cientista aquiliano criou, a partir de um primata nativo da Terra, um novo ser à imagem e semelhança de seu criador, mas provido apenas de inteligência primitiva e rudimentar, para servir ao seu povo como mão de obra escrava. A esse novo ser, ele deu o nome de Homem. Desse ponto em diante, a relação entre criadores e criaturas se desnuda em uma saga mútua sobre suas relações de amor e ódio, erros e acertos e todas as paixões que fazem seres dotados de inteligência vivenciar as mais variadas situações de convívio e relacionamento. Com o decorrer da história, diversos dos chamados mistérios da humanidade são expostos e revelados com naturalidade, ao mesmo tempo em que muitas certezas hoje vivenciadas são colocadas em questão. Na retórica, o leitor é totalmente envolvido por uma grande sequência de eventos vivida por deidades de várias culturas, na qual interage com personagens humanos bíblicos e históricos, e é guiado em uma grande aventura até o fim dessa longa jornada, e a surpreendente evidência de um novo começo.