Ambientado majoritariamente na cidade de Wigan, noroeste da Inglaterra, no auge do enfrentamento entre o governo de Margaret Thatcher e as trade unions inglesas, que culminaria com a longa e penosa greve comandada pela central sindical dos trabalhadores da indústria de mineração, o livro descreve, em compasso de relato autobiográfico, os últimos e turbulentos dias da protagonista Samantha como ser humano, bem como os primeiros passos de sua ‘vida’ vampírica.
A narrativa, de corte pós-moderno, se estrutura a partir de dois eixos centrais:
1 – O fascínio e perplexidade gerados por uma nova forma de viver, que envolve não apenas um processo de mera metamorfose física, mas, sobretudo, o advento de uma nova visão de mundo, onde o turbilhão das paixões da alma paulatinamente se reveste de cores mais nítidas, à luz da consciência da Eternidade e de uma compreensão mais matizada dos dilemas da Existência.
2- Uma homenagem ao universo estético e conceitual que cerca o vampirismo, desde a cena gótica da primeira metade dos anos 80 (com alusões e referências a bandas como Sisters of Mercy, Siouxsie and the Banshees, Bauhaus, Christian Death etc.) à fantasmagoria literária do romantismo inglês e do simbolismo francês (Coleridge, Blake, Keats, Baudelaire, Rimbaud, Laforgue), passando pelo expressionismo alemão, ressonâncias históricas e míticas do período medieval, etc.
Vale dizer ainda que os capítulos IV e V obviamente constituem um tributo a duas figuras constelares no universo literário da dupla de autores, respectivamente nas esferas da literatura fantástica e do romance histórico: o sérvio Milorad Pavic e o italiano Umberto Eco.
Como personagens principais, temos, além da protagonista, o enigmático, fatalista e cínico Adrian, de origem húngara, vampiro com mil anos de guerras, massacres e revoluções, testemunha privilegiada do périplo humano sobre a Terra; a voluntariosa e exuberante succubus italiana Helena, permanentemente assaltada pela volúpia da vingança; Julia, melhor amiga de Samantha e sua grande confidente; e o francês Jacques, delirante arquétipo do evasionismo poético.
Por fim, é interessante frisar que os autores ainda não se conhecem pessoalmente, de maneira que o romance OS PRIMEIROS ACORDES DA CANÇÃO FATAL foi integralmente concebido / escrito através de conversas e intercâmbio de arquivos pela internet.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Alfredo R. R. Sousa
- Tamanho: 490 KB
- Nº de Páginas: 238
- Idioma: Português
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Os Primeiros Acordes da Canção Fatal, escrito por Alfredo R. R. Sousa. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.