Os Livros Perdidos do Antigo Testamento: A História dos Apócrifos Judaicos Antigos Não Incluídos na Bíblia

O estudo dos evangelhos apócrifos, documentos sobre a vida ou declarações de Jesus que não se tornaram parte do Novo Testamento, é uma disciplina popular entre os estudiosos que agora enche várias prateleiras de qualquer biblioteca respeitável.Apesar da crescente secularização da sociedade, parece haver um apetite pela figura histórica de Jesus.No entanto, menos leitores consideram a questão de saber se o Antigo Testamento, também conhecido como a Bíblia Hebraica, é “completo”, e se na antiguidade havia outros livros além de Gênesis, o Êxodo ou Juízes, com diferentes histórias e caracteres desconhecidos, excluídos do cânon e se perderam nas areias do tempo.A maioria dos leitores supõe que a grande saga de Israel, começando com as histórias pastorais dos patriarcas, a epopeia do Êxodo e a conquista da Terra Prometida, até a corte do rei Davi, é uma história compacta, completa e única.Em sua forma atual, parece começar do começo, e como tal foi aceito por todos na antiguidade, mas alguém na antiga Israel escreveu outras interpretações?

Recentes descobertas arqueológicas e textuais revelaram que a produção literária entre o povo de Israel antes da vida de Jesus era muito mais extensa e variada do que se supunha anteriormente.Os primeiros exegetas cristãos e judeus estavam cientes de alguns textos cujo status era impreciso.Os livros de Tobias, Macabeus e Judite pertenceram às escrituras sagradas de Israel ou não?O que aconteceu com certos livros que são mencionados na Bíblia, mas não foram encontrados, como histórias sobre a corte do rei Davi, os Anais de Salomão, um livro de Jasher, e proeminente o Livro de 1688 de Guerras do Senhor? ?

Há outro grupo de livros que desperta interesse especial, incluindo uma extensa coleção de escritos judaicos e judaicos-helenísticos que estão disponíveis (alguns em estado fragmentário), mas que por algum motivo foram excluídos do Antigo Testamento.Alguns foram recuperados ou desenterrados nos últimos 2.000 anos, enquanto outros permaneceram sob a custódia de bibliotecas secretas ou heréticas.Entre eles estão o Livro de Enoque, o Livro de 688 de Jubileu, o Apocalipse de Moisés, e muitos outros.Apesar de não ter sido admitido como cânone, muitas das suas doutrinas permearam na cultura popular, mesmo na antiguidade, incluindo-se entre os primeiros cristãos.A rebelião dos anjos maus liderados por Satanás, o castigo para os pecadores no vale dos mortos, o conceito de um Messias que iria morrer por seu povo, e a crença na ressurreição dos mártires com a restituição literal dos seus corpos mutilados são ideias que surgiu em livros apócrifos do antigo testamento.Essas crenças não são encontradas na Bíblia hebraica.

Que o Antigo Testamento não era um produto acabado na época do Segundo Templo (500 aC-70 dC) e que havia mais livros em circulação pode ser estabelecido considerando que a literatura apócrifa judaica é citada no Novo Testamento.A Epístola de Judas menciona uma luta entre o diabo e um arcanjo pela alma de Moisés, um episódio não encontrado no Pentateuco.O autor da epístola que está citando de Enoque, um apócrifo livro do antigo testamento, ou possivelmente da ascensão de Moisés, que o autor de Judas considerado como autoritativo.