Os Bastidores da Notícia: Histórias da Redação do ‘ESTADÃO’: Histórias da redação do ‘Estadão’
Por Luiz Roberto de Souza Queiroz Um pinguim caminha pela redação do Estadão, no horário nervoso do fechamento da edição, tentando descobrir qual o jornalista que escondeu suas sardinhas; um chefe de reportagem entra em pânico, quando descobre que mandou seu fotógrafo fazer, sem saber, o papel do comparsa do ladrão durante o assalto a um banco na avenida Paulista e um jornalista tira a roupa e a mantém seca, enquanto cavalga nu pela tempestade, para não perder o encontro marcado; um fotógrafo chora, na redação, ao contar que tinha torcido para que uma vítima de incêndio num edifício saltasse para a morte do alto do prédio, para que pudesse fazer a fotografia da primeira página do jornal.
Para o leitor, a reportagem estampada no jornal é só o produto final, como que um quadro, numa exposição. Em Os Bastidores da Notícia, porém, estão retratadas as histórias que nunca chegaram ao leitor.
São relatos de como foram construídas as reportagens, da dificuldade de transmitir as informações de zonas arrasadas pelo aluvião de lama para os cabineiros, os anjos-da-guarda do repórter, que recebiam a notícia transmitida por telefone não confiável; da frustração de ter o trabalho de um dia inteiro eliminado por uma canetada do censor, durante a ditadura e também da agilidade mental de Jânio Quadros que transformou a descoberta de três pepitas de ouro no túnel que se cavava sob o Ibirapuera num factoide que calou os ‘ecochatos’ que tentavam paralisar a obra.
Mas há também relatos das de vitórias. O próprio diretor do jornal vendendo na porta do Pacaembu a edição com o resultado do jogo recém-encerrado, um feito quase impossível na década de 1960; o trote inesquecível passado por Boris Casoy num foquinha convencido, o orgulho do jornalista que conseguiu transar na cama do Papa e a dificuldade de convencer uma redação machista de que mulher também podia ser repórter.
A obra resgata memórias heroicas, de Ruy Mesquita em plena ditadura responsabilizando os oficiais do II Exército pela vida dos seus repórteres que estavam sendo presos, do sonho de Freitas Nobre, que reuniu um grupo de jornalistas na USP para desenhar uma Lei do Direito Autoral que garantisse o que era justo para os repórteres que tinham….e continuam tendo seu trabalho aproveitado em vários veículos com um só pagamento e a dificuldade da Assessoria de Imprensa da Prefeitura que, devido à maldita burocracia brasileira, teve que contratar jornalistas cuja função oficial era de ‘coveiro’.
Sempre se disse que ‘jornalista escreve para jornalista’ e como somos poucos, o resgate dessas histórias não há de interessar a muita gente, mas elas precisavam ser preservadas, principalmente no momento em que a imprensa escrita fenece e quando a mídia eletrônica dá guarida a notícias não confiáveis e mesmo falsas, parece importante registrar como era o trabalho dos repórteres nos tempos áureos do jornalismo brasileiro.
Para o leitor, a reportagem estampada no jornal é só o produto final, como que um quadro, numa exposição. Em Os Bastidores da Notícia, porém, estão retratadas as histórias que nunca chegaram ao leitor.
São relatos de como foram construídas as reportagens, da dificuldade de transmitir as informações de zonas arrasadas pelo aluvião de lama para os cabineiros, os anjos-da-guarda do repórter, que recebiam a notícia transmitida por telefone não confiável; da frustração de ter o trabalho de um dia inteiro eliminado por uma canetada do censor, durante a ditadura e também da agilidade mental de Jânio Quadros que transformou a descoberta de três pepitas de ouro no túnel que se cavava sob o Ibirapuera num factoide que calou os ‘ecochatos’ que tentavam paralisar a obra.
Mas há também relatos das de vitórias. O próprio diretor do jornal vendendo na porta do Pacaembu a edição com o resultado do jogo recém-encerrado, um feito quase impossível na década de 1960; o trote inesquecível passado por Boris Casoy num foquinha convencido, o orgulho do jornalista que conseguiu transar na cama do Papa e a dificuldade de convencer uma redação machista de que mulher também podia ser repórter.
A obra resgata memórias heroicas, de Ruy Mesquita em plena ditadura responsabilizando os oficiais do II Exército pela vida dos seus repórteres que estavam sendo presos, do sonho de Freitas Nobre, que reuniu um grupo de jornalistas na USP para desenhar uma Lei do Direito Autoral que garantisse o que era justo para os repórteres que tinham….e continuam tendo seu trabalho aproveitado em vários veículos com um só pagamento e a dificuldade da Assessoria de Imprensa da Prefeitura que, devido à maldita burocracia brasileira, teve que contratar jornalistas cuja função oficial era de ‘coveiro’.
Sempre se disse que ‘jornalista escreve para jornalista’ e como somos poucos, o resgate dessas histórias não há de interessar a muita gente, mas elas precisavam ser preservadas, principalmente no momento em que a imprensa escrita fenece e quando a mídia eletrônica dá guarida a notícias não confiáveis e mesmo falsas, parece importante registrar como era o trabalho dos repórteres nos tempos áureos do jornalismo brasileiro.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Luiz Roberto de Souza Queiroz
- ASIN: B071XYM9M8
- Editora: LRSQ Comunicação Empresarial S/S Ltda.
- Idioma: Português
- Tamanho: 1846 KB
- Nº de Páginas: 177
- Categoria: História
Amostra Grátis do Livro
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