Organizações Virtuais: Um modelo de organização da pós–modernidade

Após a ocorrência da segunda Revolução Industrial, ocorrida em 1880, os cenários econômicos, políticos e sociais modificaram-se de forma significativa. A partir desta época, as organizações, alvo desta mudança, começaram a apresentar sinais da necessidade de rever as formas de execução dos processos produtivos, a divisão do trabalho e os respectivos controles. Surgem assim, os primeiros desenhos estruturais da organização, os quais vão se modificando na busca da adequação aos cenários mercadológicos que também vão se alterando. Os modelos organizacionais por si só, não são mais capazes de responder às demandas e então surgem as tecnologias de gestão organizacional (TGO) a exemplo de Controle da Qualidade Total, Reengenharia, Terceirização dentre outras, com o propósito de melhorar a eficácia das empresas, perante
a concorrência. O surgimento dos computadores desperta nas organizações uma oportunidade de se tornarem mais ágeis
e seguras no que tange ao tratamento das informações e assim, passam estas máquinas a pertencerem ao espaço empresarial. A evolução desta tecnologia informacional traz como consequência os microcomputadores, tablets, smartphones etc., os quais se conectam entre si através da rede Internet e trocam informações a qualquer distância. As organizações utilizam-se deste beneficio tecnológico e vislumbram a criação de um modelo organizacional em que o espaço geográfico e o tempo são irrelevantes, na medida em que a troca das informações é efetuada virtualmente, e, dessa forma, surgem as Organizações Virtuais (OV). A análise destas organizações objetiva identificar suas características peculiares e assim demonstrar que, por deterem especificidades próprias e diferentemente dos modelos de organizações tradicionais, constituem-se então, em um paradigma organizacional digital. As OV têm o propósito de atender uma determinada demanda
de mercado, apresentam-se despossuida de estrutura organizacional tradicionalmente conhecida, não dispõem de quadro efetivo de empregados e, paradoxalmente, não buscam a perenidade no mercado tal qual as organizações tradicionais, pois as OV, ao atender o requerido, completa seu ciclo de vida e culminam com a própria dissolução.