O estouro da “bolha” imobiliária americana, que afetou de maneira dramática toda a economia mundial nos últimos meses, acabou antecipando algo que, mais cedo ou mais tarde, certamente ocorreria, ou seja: a quebra da poderosa General Motors, empresa que até o começo de 2008 – justamente o ano em que comemorou seu centésimo aniversário – era o maior conglomerado fabricante de veículos automotores do mundo.
A GM só sobrevive ainda devido ao empenho do governo americano, tanto na gestão Bush, como na atual de Barak Obama, porque nenhum deles quis arcar com o custo político que provocaria a falência daquela que é um dos símbolos do processo de industrialização e que transformou os Estados Unidos na maior potência mundial no século passado. Assim, com o dinheiro dos contribuintes, a GM vai se equilibrando na “corda bamba”.
Os analistas de mercado procuram explicar a difícil situação empresa baseando-se em fatos pontuais, como o corte drástico no crédito – o que acabou derrubando dramaticamente as vendas –, e nos elevados custos das pensões para os milhares de aposentados da corporação. Mas, para quem acompanha a trajetória da empresa, “a crise da GM” estava anunciada há muitos anos. Tudo começou por volta dos anos oitenta, quando o setor Financeiro assumiu o “destino” do conglomerado. A partir de então, o automóvel deixou de ser um “produto” para se tornar apenas um “negócio” para a GM, com o foco básico no lucro – obtido principalmente com a redução de custos – o que se refletia em maiores ganhos nos dividendos dos acionistas e em polpudos bônus para os executivos da empresa.
Esta busca, pura e simples, por resultados acabou redundando, entretanto, na perda de clientes, que começaram a encontrar nos modelos da concorrência aquilo que antes apreciavam nas marcas da GM. E, se os resultados financeiros a princípio foram positivos, com o tempo essa política acabou se refletindo negativamente nas vendas. O encerramento de comercialização da Oldsmobile, no começo desta década, foi um sinal claro, da mesma forma que é a atual queda nos gráficos de vendas da Pontiac. Por isso mesmo, em breve esta marca também deixará de existir. Dramática também é a situação da GM Europa: a Opel, que no começo da década de 1970 era a marca mais popular da Alemanha e detinha 20 por cento de participação no mercado daquele país, produzindo cerca de 900 mil veículos por ano, hoje tem sua fatia em torno dos 8 % e produz menos de 300 mil unidades/ano. Junto, acabou afundando também sua “irmã” inglesa Vauxhall. Agora, a GM procura um comprador para elas.
Para tentar manter a participação na Europa, a GM investiu pesadamente no relançamento da marca Chevrolet no Velho Continente, tendo como base modelos fabricados na Coréia do Sul pela ex-Daewoo. Os resultados ainda são tímidos, mas parece que a GM pretende apostar na marca da “gravata borboleta” para tentar se reabilitar. Por isso, é bem possível que no futuro portfólio da GM só acabe restando a Chevrolet, apesar de se falar que Cadillac, Buick e GMC serão preservadas.
A GM só sobrevive ainda devido ao empenho do governo americano, tanto na gestão Bush, como na atual de Barak Obama, porque nenhum deles quis arcar com o custo político que provocaria a falência daquela que é um dos símbolos do processo de industrialização e que transformou os Estados Unidos na maior potência mundial no século passado. Assim, com o dinheiro dos contribuintes, a GM vai se equilibrando na “corda bamba”.
Os analistas de mercado procuram explicar a difícil situação empresa baseando-se em fatos pontuais, como o corte drástico no crédito – o que acabou derrubando dramaticamente as vendas –, e nos elevados custos das pensões para os milhares de aposentados da corporação. Mas, para quem acompanha a trajetória da empresa, “a crise da GM” estava anunciada há muitos anos. Tudo começou por volta dos anos oitenta, quando o setor Financeiro assumiu o “destino” do conglomerado. A partir de então, o automóvel deixou de ser um “produto” para se tornar apenas um “negócio” para a GM, com o foco básico no lucro – obtido principalmente com a redução de custos – o que se refletia em maiores ganhos nos dividendos dos acionistas e em polpudos bônus para os executivos da empresa.
Esta busca, pura e simples, por resultados acabou redundando, entretanto, na perda de clientes, que começaram a encontrar nos modelos da concorrência aquilo que antes apreciavam nas marcas da GM. E, se os resultados financeiros a princípio foram positivos, com o tempo essa política acabou se refletindo negativamente nas vendas. O encerramento de comercialização da Oldsmobile, no começo desta década, foi um sinal claro, da mesma forma que é a atual queda nos gráficos de vendas da Pontiac. Por isso mesmo, em breve esta marca também deixará de existir. Dramática também é a situação da GM Europa: a Opel, que no começo da década de 1970 era a marca mais popular da Alemanha e detinha 20 por cento de participação no mercado daquele país, produzindo cerca de 900 mil veículos por ano, hoje tem sua fatia em torno dos 8 % e produz menos de 300 mil unidades/ano. Junto, acabou afundando também sua “irmã” inglesa Vauxhall. Agora, a GM procura um comprador para elas.
Para tentar manter a participação na Europa, a GM investiu pesadamente no relançamento da marca Chevrolet no Velho Continente, tendo como base modelos fabricados na Coréia do Sul pela ex-Daewoo. Os resultados ainda são tímidos, mas parece que a GM pretende apostar na marca da “gravata borboleta” para tentar se reabilitar. Por isso, é bem possível que no futuro portfólio da GM só acabe restando a Chevrolet, apesar de se falar que Cadillac, Buick e GMC serão preservadas.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): On Line Editora
- ASIN: B099T93PD6
- Idioma: Português
- Tamanho: 98617 KB
- Categoria: Ciências
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Opala & CIA: Edição 18, escrito por On Line Editora. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.