Este livro nos lembra que Francisco de Morais Mendes, duplamente premiado com “Escreva, querida” (1996), é autor com registro próprio. “A razão selvagem”, coletânea de 2003, o confirmou entre os melhores de sua geração.
Sua literatura poderá parecer cotidiana e realista. Os personagens têm profissões comuns, famílias e preocupação de todos nós. As tramas em que vivem soarão íntimas, muitas vezes.
Entretanto, contos não se fazem sem o exercício exaustivo da linguagem. Nas mãos do bom escritor, um resultado pode ser o texto puro, que não se faz notar. Este é o ganho de Mendes. Numa prosa limpa, sem pirotecnia, personagens e enredos conduzem o leitor do início ao fim de cada conto, até o fim do livro, sem que ele perceba a manipulação.
Sim, trata-se de manipulação, farsa, engodo, truque. O autor, em momento algum, tenta iludir com “vida real” ou “mensagens”. Aqui está a construção do texto a serviço de absolutamente nada mais que a literatura.
Porém, isso não teria valor se não modificasse quem lê. Os dias terminam em espaços de memória, em experiências de infância, em reflexões sobre o ofício de escrever e sobre as relações pessoais O ambiente é urbano, o cenário é o humano, o tempo é paralelo e a linguagem apurada dá sentido ao conjunto.
O leitor que termina o livro nunca será o mesmo que o começou.
É isso um bom livro de contos.
Sérgio Fantini
Sua literatura poderá parecer cotidiana e realista. Os personagens têm profissões comuns, famílias e preocupação de todos nós. As tramas em que vivem soarão íntimas, muitas vezes.
Entretanto, contos não se fazem sem o exercício exaustivo da linguagem. Nas mãos do bom escritor, um resultado pode ser o texto puro, que não se faz notar. Este é o ganho de Mendes. Numa prosa limpa, sem pirotecnia, personagens e enredos conduzem o leitor do início ao fim de cada conto, até o fim do livro, sem que ele perceba a manipulação.
Sim, trata-se de manipulação, farsa, engodo, truque. O autor, em momento algum, tenta iludir com “vida real” ou “mensagens”. Aqui está a construção do texto a serviço de absolutamente nada mais que a literatura.
Porém, isso não teria valor se não modificasse quem lê. Os dias terminam em espaços de memória, em experiências de infância, em reflexões sobre o ofício de escrever e sobre as relações pessoais O ambiente é urbano, o cenário é o humano, o tempo é paralelo e a linguagem apurada dá sentido ao conjunto.
O leitor que termina o livro nunca será o mesmo que o começou.
É isso um bom livro de contos.
Sérgio Fantini
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Francisco de Morais Mendes
- ISBN-10: 8575778390
- ISBN-13: 978-8575778395
- ASIN: B07TG8Q6SC
- Idioma: Português
- Tamanho: 1352 KB
- Nº de Páginas: 107
- Categoria: Contos
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Onde terminam os dias, escrito por Francisco de Morais Mendes. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.