O VAMPIRO DE NOVA HOLANDA: Coletânea de contos de ficção científica e história alternativa

Os puristas argumentam que a ficção científica é o gênero que trata do futuro. Assim, em sua forma escrita, ela seria uma espécie de literatura futurista.

Bem, se o leitor incauto espera encontrar apenas cenários futuristas nesta coletânea, naves espaciais, alienígenas e pistolas laser, talvez se decepcione. Há de fato algumas espaçonaves e uns poucos alienígenas, mas não é só disso que trato aqui. Para ser sincero, das oito histórias, apenas três se passam por inteiro no futuro. Há uma inclusive que transcorre 65 milhões de anos no passado…

As oito histórias não seguem uma ordem cronológica estrita. Dois desses trabalhos podem ser classificados como histórias alternativas e um terceiro possui a história oculta da Grécia Clássica como tema.

A coletânea possui quatro partes, correspondendo a quatro temáticas básicas. Cada parte contém duas histórias.
Os dois trabalhos da primeira parte, “Astronautas Paleolíticos”, passam-se no mesmo universo ficcional. Três outras histórias, “O Vampiro de Nova Holanda”, “Crimes Patrióticos” e “Os Emissários de Nêmesis” revisitam universos já abordados em outros trabalhos publicados pela Editorial Caminho e talvez provoquem reminiscências em alguns leitores.
Três das oito histórias são trabalhos mais extensos, aquilo que no gênero chamamos noveletas. A maior extensão permite desenvolver melhor tanto cenários e personagens, quanto, mais importante, as ideias e a trama em si.

De qualquer modo, ficção científica ou história alternativa, os trabalhos a seguir foram escritos como peças de literatura de gênero. Como tais possuem o intuito precípuo de divertir o leitor, preencher algumas horas do seu lazer e, talvez, ocupar sua mente com duas ou três das questões levantadas ao longo da coletânea.

Antes de cada conto ou noveleta existem breves notas introdutórias onde procuro indicar a ideia a ser examinada, o ponto que se pretende explorar ou a motivação para escrever o trabalho. Uma das razões da ficção científica ser um campo de trabalho tão excitante é que ela permite ao autor expor suas ideias com determinados enfoques impossíveis de serem abordados em outros gêneros.

Espero que o leitor aprecie estes enfoques inusitados.