O Último Messias

Avérnio é um cidadão comum que vê seu mundo desabar quando perde sua filhinha de seis anos, a pequena Talita, morta num sequestro por falha dos policiais que tentavam solucionar o caso. Após um longuíssimo luto e visitas ignoradas de amigos, ele finalmente se obriga a sair de casa para tentar se reerguer, e é nessa ocasião que encontra Deus. O Criador anuncia-se na forma de uma criança, e choca Avérnio, fervorosamente católico, ao pedir-lhe um cigarro. Depois de uma estranha conversa, Deus concede a Avérnio carta branca para cometer quaisquer crimes e pecados, desde que com a intenção de tornar o mundo melhor. Completamente desequilibrado pela morte da filha e pelo bizarro encontro, Avérnio, um cidadão pacífico e correto a vida inteira, vê quaisquer de seus limites morais e éticos serem abalados por uma missão que julga sagrada. O que um homem bom é capaz de fazer quando tem certeza absoluta de que age em nome de Deus?

Com o quê O último messias se parece?
O último messias tem um tom ácido e contundente que lembra obras como Bacurau e Cidade de Deus. Trata com cinismo e crueza de temas como corrupção, violência, fanatismo religioso, segregação, desigualdade social etc., sem se preocupar com quem irá ofender.

Com o que O último messias não se parece?
Essa não é uma história sobre a fé como salvação nem de um homem perdido encontrando valor em outras coisas quando perde o que lhe é importante. É uma história sobre os limites da fé e do fanatismo e sobre agarrar-se a qualquer coisa quando os propósitos acabam.

Que tipo de leitores e leitoras vão gostar de O último messias?

• Leitores(as) que estejam buscando por uma leitura visceral e capaz de trazer sentimentos ambíguos.
• Leitores(as) que tenham sentido o peso da ascensão dos discursos extremistas nos últimos anos.
• Leitores(as) que têm fortes opiniões sobre a situação política do país e do mundo.
• Leitores(as) que têm fortes opiniões sobre fé e religião.
• Leitores(as) que gostem de refletir acerca do sentido da vida, da existência ou não de Deus e afins.

O que O último messias tem de diferente?
O último messias não é visceral apenas em sua temática: a escrita da obra é profundamente marcada pela sinestesia do protagonista, cuja consciência transborda para as palavras, para o texto, para os caracteres, produzindo chiados que farão o leitor compartilhar com Avérnio a sobrecarga de sentidos. Também é uma obra que retratará Deus de formas que nada se parecem com como ele costuma ser visto ou mostrado, e mesmo formas que muitas pessoas diriam que jamais deveriam ser usadas para simbolizar Deus.