O Sol do Amanhã

O que acontece se tudo o que tentamos esquecer decidir nos encontrar? A memória é um rio. Ela flui, escava margens e molda o tempo. Mas rios suas águas escondem segredos. Moyo tentou fugir. Mas o Rio Uberabinha o levou e, com ele, desfez a máscara de quem ele pensava ser. Entre o fim e o recomeço, Aroyê o resgatou e com ela, veio à tona tudo que havia esquecido. “O Sol do Amanhã” é uma história sobre fugir da polícia e também sobre dançar com alguém que te desarma. É sobre lembrar. Porque esquecer como nos lembra a pergunta: é como repetir a ferida sem perceber o corte. Mas a memória é rio, e rio sempre encontra um caminho. Em O Sol do Amanhã, seu primeiro romance, Richard faz da escrita um espelho das travessias humanas entre o que lembramos e o que escolhemos esquecer, entre o peso das águas e a promessa do sol. Sua obra nasce do chão urbano, mas se abre para o sagrado, o sonho e o recomeço. Com sensibilidade e vigor poético, Richard escreve sobre o que é estar vivo: as pequenas perdas, os encontros, o retorno às origens e a beleza possível nas margens do cotidiano. …………. Richard Augusto da Silva é um artista que habita as fronteiras entre palavra, imagem e corpo. Reside em Uberlândia (MG), cidade que é também uma de suas principais personagens, lugar de afetos, de memórias e de invenção. Transita pelas artes visuais e pela literatura, sempre em busca das formas sutis com que o tempo, a cidade e as pessoas se tocam.