Assistindo a um esplêndido pôr do sol, e em perfeita tranquilidade, pois os últimos raios do sol derramava-se sobre ela, então fez sua prece muda de agradecimento ao criador de tudo. As criaturas ficam espantadas tentando encontrar um outro autor; mas que tolos são, pois a assinatura de Deus é tudo o que ele criou: é homem, é bicho, é pedra, é flor. Dalila acredita que orar une o nosso coração ao coração de Deus, a prece refrigera a alma e traz calma. E a vida precisa de calma para acontecer de verdade, não é? Seus ouvidos sensíveis de mulher lhe disseram que devia ouvir mais e menos falar, respirar mais e mais vezes, e apenas ouvir os sons da natureza a conversar, a voz do grande rio de fortes correntezas, os pássaros a cantar, o zum zum-zum de abelhas, fruta caindo do pé, folhas secas jogadas pelos ventos, a sinfonia dos insetos, o coaxar dos sapos, e as árvores as folhas farfalhar segredos milenares que ouviram do coração da terra e do ar. O que as raízes e folhas falam entre si? Os seus ouvidos também querem ouvir, eles falam: escuta, escuta, pois é através deles que Deus está contigo a falar. Se circunde de vida, sons naturais e luz, para sua mente relaxar. Foca sua atenção no que realmente importa, não em coisas silenciosas e mortas. É preciso reaprender a viver, reconstruir o mundo e o ser. Você sozinho não pode mudar o mundo, mas pode mudar você. E se cada um decidir fazer o bem, uma grande mudança vai no mundo acontecer. A cabeça de Dalila olhou em volta, e William cravou seus olhos de predador nela. Dalila prendeu a respiração, e ficou observando Will caminhar, com muitas flores nas mãos, em sua direção, havia uma variedade de cores, aromas e belezas naquele lindo buquê, e em seus olhos tinha um brilho familiar de felicidade de mãos dadas com o desejo. Ainda não havíamos nos tocado, mas uma corrente elétrica passava envolta deles e entre os dois.
– Oi, querido! – Dalila disse, pegou as flores, e sorriu muito feliz para ele.
– Oi, minha única – ele falou, e retribuiu com um largo sorriso.
– Adorei, é lindo – ela falou aspirando o perfume do grande buquê.
– Então, eu mereço ganhar algo – William falou sorrindo.
– É mesmo?
– Como disse São Francisco de Assis: “É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna”…
– É uma lindíssima oração – Dalila falou sorrindo.
– É sim… E?
– O quê?
– Não vou ganhar nada? – Olhava malicioso para ela.
– O que você quer?
– Um beijo! – William falou sorrindo.
– Só isso? – provocou-o mordendo os lábios.
– Não só isso, meu bem…
– O que mais? – continuou provocando.
– Não sabe?
– Não – falou baixinho.
– Então, vou te mostrar…
William pôs a mão na sua cintura e puxou-a contra seu corpo, em seguida, inclinou a cabeça e procurou os seus lábios. O beijo começou doce, cheio de ternura, ele acariciava sua nuca com uma das mãos, enquanto com a outra a apertava fortemente contra o peito. Dalila passou os braços no pescoço dele, e correspondeu apaixonada, totalmente entregue aos seus carinhos. William gemeu baixinho e apertou-a entre os braços, tornando o beijo mais intenso, saboreando a sua boca, devorando-a, sentindo um desejo explodir no seu corpo, o seu sangue correr mais rápido, fazendo o seu coração acelerar, e o seu corpo estremecer. Sentindo uma forte onda de desejo invadir os seus corpos, ele afastou-a, e ela permaneceu com os olhos fechados, tinha a face afogueada e a respiração levemente ofegante.
– Se ficar me beijando desse jeito não vou conseguir me controlar – William falou com a voz enrouquecida.
– Quem disse que precisa parar?
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Janilde Gomes Cardoso
- ASIN: B09KNXVZ76
- Idioma: Português
- Tamanho: 2157 KB
- Nº de Páginas: 115
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro O SILÊNCIO DAS COISAS MORTAS, escrito por Janilde Gomes Cardoso. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.