A própria mãe, a índia Cauê ficava impressionada com a habilidade da filha que vivia as margens do rio.
O rio era muito bonito, com sua água clara que podia ver até o interior do rio. Tinha uma praia de encantar! Todas as margens do rio eram praia, inclusive o encontro dele com o Rio Vermelho com sua água de cor vermelha. Os dois rios se encontravam e formavam um só rio, no encontro o espetáculo das cores se misturavam e corriam juntos fazendo o seu show.
Tainá entrava sem medo no rio e nadava como ninguém, para ela era normal conviver com os bichos da região.
Diferentes, eram os seres humanos quando alguém aproximava, corria e escondia no mato.
Um caçador chamado Leonel resolveu seguir Tainá escondido ao meio das árvores, viu a indiazinha conversando.
yá…shi…yac..yaiê. yae.sha
Leonel ficou curioso com a menina índia.
Perguntou a si mesmo:
Com quem ela está conversando?
Chegou mais perto e viu que ela falava com uma cobra verde chamada caninana, pegou a pelo meio e colocou em seu pescoço.
O caçador ficou com muito medo de ver aquela serpente convivendo com a garota sem picar.
Logo que soltou a cobra, seguiu mata adentro, a cobra atrás.
Elas encontraram um macaco que começou a fazer festa, gritava e abraçava a índia.
Eles seguiram juntos para o leito do rio.
Leonel observando…
A índia, a cobra e o macaco mergulharam no rio, ficavam mergulhando por cima da água.
De repente, a cobra sai em direção a mata…
O macaco escuta os outros gritando ao longe e vai ao encontro deles…
Tainá ficou por alguns minutos, saiu e deitou na areia. Meia hora depois, seguiu caminhando na praia para outro local, um lugar de muitas árvores gigantescas e com galhos enormes dentro do rio.
Neste lugar, era o encontro dos dois rios.
Uma árvore chamada gameleira era maior, seu galho flutuava por cima das águas misturadas. Tainá mergulhou naquele encontro de águas e sumiu para o fundo do rio, minutos depois apareceu na superfície nadando e agarrou no galho da gameleira olhando para dentro do rio.
O galho começou a balançar, Tainá começou a sorrir, os amigos das águas apareceram junto com a índia e agarraram no galho também.
O caçador Leonel a beira de um ataque:
Não pode! Não acredito no que estou vendo!
O boi só tinha um chifre.
O menino da água tinha uma perna só.
O caçador murmurou:
Por que eles são diferentes? Será briga entre eles?
Leonel escorregou as margens do rio e fez barulho, os amigos escutaram e mergulharam na água. Tainá mergulhou em direção a praia, saiu e foi embora para a aldeia.
Leonel incrédulo com o que acabara de ver seguiu a índia. Ao chegar na aldeia enfrentou flexas dos índios em sua direção.
Ele mostrou o seu pescado, colocou a arma no chão e levantou os braços.
A índia mãe Cauê aproximou e pegou o pescado, naquele momento entenderam que Leonel estava em paz.
Um dos índios Zutô, entendia a língua dos homens brancos como eles falam e conversou com Leonel. Ofereceu peixe assado na brasa sem tempero e óleo para o caçador, comeu para agrada-los, porque não tinha nenhum sabor.
Descontraídos, Leonel comentou dos amigos de Tainá, disse que não sabia da existência deles.
Zutô argumentou:
São nossos amigos – o boi perdeu um chifre quando derrubou uma canoa no cruzamento dos rios – o menino perdeu a perna quando expulsou um barco de pesca do seu habitat.
Leonel disse:
Por que isso, eles são perigosos aos homens?
Não são perigosos, são muito inteligentes, a partir do momento que os humanos entenderem o valor da preservação da natureza e todo o ecossistema, vão ter equilibrio e vida para sempre na terra.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Waldene Fagundes
- ASIN: B079NKRFK2
- Idioma: Português
- Tamanho: 826 KB
- Nº de Páginas: 5
- Categoria: Infanto-Juvenil
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro O Reino de Tainá, escrito por Waldene Fagundes. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.