O Pêndulo do Amor e Sexo

“Primeiro tira sua blusa e, intencionalmente, ao retirá-la, deixa seus longos cabelos até a cintura caírem à sua frente encobrindo rosto e peito. Mexe lateralmente a cabeça, e aquele véu de seda negra deixa transparecer delicada e parcialmente a pele alva de seus seios, acariciando levemente seus mamilos marrons e bicos salientes!

Desabotoa a saia e com os polegares, pelas laterais, a despe devagar! A certo ponto, interrompe a ação como que estrategicamente na altura de suas coxas!

Levanta-se e se expõe ao olhar de Esteves! Sua calcinha branca semitransparente como que esculpe tentadoramente a anatomia da sua fissura e lábios vaginais!

Finaliza aquela encenação deixando-a escorregar devagar até seus pés!

Esteves está deitado, estático! Apoiado pelos cotovelos no colchão, como que atônito, assiste compassivo àquela deusa erótica numa performance excitante!

Aquela cigana tesão, de cabelos compridos, negros, está só de calcinha a sua frente, e ele, hipnotizado e dominado pelo seu corpo, olhos e sensualidade, e claro, pela sua atuação!

Não sabe dizer quanto tempo se passou admirando-a!

Mas Lívia não terminou! Sobe lentamente à cama apoiada nos joelhos. Começa a se movimentar assim sobre o corpo de Esteves, desde seus pés! Seus cabelos naquele movimento vêm como que bailando de um lado ao outro e na altura de seu sexo senta-se como uma rainha ao chegar ao trono que acabara de conquistar.

Recolhe-os de frente ao rosto e os joga para trás expondo-se completamente! Fita-o com seu sorriso aberto e largo como dizendo:

_ E então!? Não é o que você quer!? Sou sua! “

E são essas variáveis que influenciam fortemente o presente de cada um desses personagens, montando palcos, impulsionando ações, falas e escolhas ao mesmo tempo em que determinam o futuro da peça com seus ápices de drama, comédia, farsa ou absurdo! Na repetição de clichês daquilo que já foi vivenciado anteriormente pelo “eu ator” do momento, não há criação e, sim, descobertas no processo de atuação!