O PACIENTE DO QUARTO 617: 1a Maratona Olímpica Poética Hospitalar Pós–Operatória do RJ

APRESENTAÇÃO
DIÁRIO DE POEMAS

HOJE TEMEMOS UM VÍRUS, COMO INIMIGO NÚMERO 1 DA HUMANIDADE. Mas o que significa um vírus, pois se nem vida ele tem? Cápsula da maldade e da asfixia, as suas mutações são letais e sofridas. Porém, o mundo invisível guarda muitos mais espectros igualmente terríveis: bacilos, protozoários, amebas e outros micro-bichos.

No entanto, para a nossa sorte, no ecossistema dessa bolha doente, em meio às vacinas, antibióticos e anticorpos, existe — acredite — a poesia! A poesia? Sim: a poesia.

Foi ela a companhia e a anestesia do paciente do quarto 617, durante as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Ao longo de um mês de internação, Ricardo França de Gusmão conviveu, num leito de hospital — em pleno Jogos Olímpicos — com duas famintas companheiras em seu pé direito: AS BACTÉRIAS ANAERÓBICAS SERRATIA MARCESCENS E MORGANELLA MORGANII.

Assim como o coronavírus não possui vida da forma como ela é pela ciência classificada, essas duas pequeninas não necessitam de oxigênios para sobreviver. E são impressionantemente carnívoras. Têm apetites vorazes. Consomem a carne, consomem cartilagem, consomem o osso. E, quando chega nesse último estágio, transformam-se numa doença perigosa, chamada osteomielite: inflamação crônica provocada nos ossos com risco de amputação de membros.

No caso do paciente do quarto 617, a SERRATIA MARCESCENS E A MORGANELLA MORGANII, começaram o banquete pela falange distal do hálux direito: o dedão do pé. No leito, entre cada gol do Brasil no futebol, cestas na quadra de basquete, recordes de natação, canoagem e cortadas de vôlei, entre outros esportes, começava ali, para ele, a 1A MARATONA POÉTICA HOSPITALAR PÓS- OPERATÓRIA DO RIO DE JANEIRO. Durante o período de internação, Ricardo França lançou o seu livro ‘O POEMA QUE MORREU, EU E OUTRAS VÍTIMAS’, e presenteou a equipe médica e visitantes com exemplares da obra.

E mais: MONTOU A ‘REDAÇÃO’ DE UMA ‘AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS’ EM SEU LEITO, e transmitiu, via rede social, informações sobre seus boletins médicos, via Facebook. E fez da cama uma ‘bancada’ para jogos de xadrez com seus visitantes, enfermeiros e familiares: o projeto social… ESCOLA DE XADREZ DEFENSORES DO REI.

Mesmo após a amputação, necessária devido a um quadro de diabetes, França enfrentou a depressão, e criou UM DIÁRIO POÉTICO — que resultou neste livro. Tornou-se, para os profissionais do Setor de Ortopedia, um ‘paciente impaciente’. E transformou a sua dor em mais um livro de poesia. Provavelmente o primeiro escrito durante o período pós-operatório. A poesia é sim, uma indicação terapêutica.

O AUTOR
RICARDO FRANÇA DE GUSMÃO
https://mapas.fundacc.sp.gov.br/agentes/edita/524/
CONTATO: 21-98354-9990 / [email protected]

O JORNALISTA INVESTIGATIVO, PROFESSOR E POETA, RICARDO FRANÇA DE GUSMÃO formou-se em Jornalismo pela Universidade Gama Filho, em 1992. Ao se formar, ingressou como repórter da madrugada no jornal O DIA, sendo Repórter Especial. Especialista em Segurança Pública e Direitos Humanos, laureado com três prêmios de jornalismo, sendo dois internacionais, França foi editor-chefe dos dois Portais das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), no RJ, entre 2007/2013,. Vencedor do PRÊMIO INTERNACIONAL DE REPORTAGEM IAPA Excellence in Journalism Award, da Interamerican Press Association (IAPA), pelo jornal O DIA/RIO-RJ, em 1997.

O PRÊMIO BARTOLOME MITRE, CATEGORIA DIREITOS HUMANOS é oferecido pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP/IAPA-Miami), A SÉRIE DE REPORTAGENS FOI CONSIDERADA PELA SIP, A MAIOR CONTRIBUIÇÃO DA IMPRENSA CONTRA O TRÁFICO DE DROGAS NAS AMÉRICAS.