O nome da Bossa em Petrópolis A trajetória de Luvercy Fiorini e Oscar Castro Neves: A trajetória de Luvercy Fiorini e Oscar Castro Neves – Partituras, … musicais e curiosidades (Série Música – 1)

PREFÁCIO

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O NOME DA BOSSA EM PETRÓPOLIS

Recompensador ver surgir, agora em publicação literária, o que há uma
década atrás nasceu como uma pesquisa para montagem de repertório de
músicas para um CD.
O ano era 2007 e um amigo produtor do Rodrigo Fiorini sugeriu que em um CD
que estavam produzindo fossem inseridas músicas de compositores conhecidos.
Luvercy Fiorini, já falecido, foi imediatamente lembrado.
Foi feito o contato com Elanir Fiorini, viúva de Luva, como era carinhosamente
chamado, perguntando se havia alguma música inédita guardada no acervo da
família. Prontamente Elanir recebeu Rodrigo em seu apartamento, num prédio
planejado pelo próprio Luvercy, abrindo a porta com um caderno antigo nas
mãos. Percebeu-se, de imediato, que se tratava de algo com valor sentimental
inestimável.
Naquele dia, após as conversas e de uma rápida análise do caderno pode-se
entender melhor a dimensão do artista que era Luva e seu parceiro Oscar
Castro Neves.
No caderno estavam canções inéditas, não musicadas, e também as músicas
conhecidas mundialmente. Devido a toda amplitude e magnitude da obra
resolveu-se tomar outro caminho em relação ao que fazer com aquele tesouro.
Em 2009 foi produzido um show com todas as músicas já gravadas e as
inéditas, que foram devidamente registradas em um DVD. Em músicas como
Azul triste, antes tocada por Oscar em suas apresentações sem letra, pode-se
finalmente unir letra e melodia. Oscar na época enviara a melodia e ficou
bastante feliz em saber que a letra havia sido encontrada.
O próximo passo seria registrar toda a obra conhecida, para que ficasse
documentada e ao alcance de todos os interessados em cultura brasileira, em
uma etapa da Bossa Nova que teve em Petrópolis, seus importantes
representantes. Essa etapa começou a acontecer em 2019, sendo
concluída em 2021.