O Mito de Osíris: A História e o Legado da Lenda Mitológica Mais Importante do Antigo Egito
Por Charles River EditorsDada a abundância de artefatos funerários encontrados nas areias do Egito pode-se, às vezes, parecer que os antigos egípcios estavam mais preocupados com questões da vida pós-morte do que com a vida que levavam diariamente. Isso é enfatizado pelas pirâmides que capturam a imaginação do mundo há séculos.
Portanto, não é grande a surpresa quando Osíris é tido como um dos mais importantes deuses do panteão egípcio, já que também pode ser considerado o deus egípcio mais famoso da atualidade. Apesar da onipresença do deus-sol, Rá, em grande parte da cultura popular moderna, é Osíris quem mais cativa a mente dos leitores. Sua história é familiar e estranhamente exótica. Ele é o deus dos mortos, mas tornou-se deus em razão de sua própria mortalidade. Todos os deuses do Antigo Egito eram capazes de morrer, mas Osíris também simbolizava a ressurreição, não distante do Cristo na teologia cristã. Osíris foi traído por alguém próximo a ele (neste caso, pelo irmão, Set), foi morto e renasceu, mas é aqui onde Cristo e Osíris se separam. A morte de Osíris é brutal e sua ressurreição é produto do amor que a esposa Ísis sente por ele.
Além disso, Osíris era associado aos reis do Egito, uma vez que os egípcios acreditavam que ele próprio era um rei. Os antigos egípcios conseguiam traçar seus reis, um a um, até o período em que deuses teriam governado o território pessoalmente. Osíris foi o terceiro ou quarto sucessor ao trono egípcio após a criação, os egípcios acreditavam que a conexão de Osíris com a realeza permitia que seus reis também renascessem de alguma maneira. Ainda se dizia que o deus era fisicamente enorme, de acordo com algumas fontes, possuía quase cinco metros de altura, o que acreditam tê-lo ajudado em campanhas militares.
Apesar da aparência grotesca (sua pele provavelmente fosse verde e preta, uma tentativa inicial de retratação da putrefação ), Osíris era o epítome da esperança e da renovação. Sua pele, mais tarde, passou a representar o verde exuberante de plantações ao redor do Nilo e a fértil terra negra, onde colheitas cresciam nas proximidades. Ele foi muitas vezes retratado como um rei mumificado, sentado em um trono, segurando um mangual de faraós e um cajado de pastores, uma vez que ele próprio seria o pastor de seu povo até a terra dos mortos, o Duat. Na verdade, embora Osíris fosse retratado como capaz de enviar “demônios” ao mundo dos vivos, foi considerado um benevolente rei do submundo.
De acordo com cada fenômeno ou sentimento experienciado pelos antigos egípcios, havia uma divindade correspondente e uma história que explicava a conexão. O aclamado egiptólogo Garry Shaw descreveu esse ethos como “uma repetição sem fim de criações, destruições e renascimentos, enredados em uma rede de interações divinas… cada pessoa [vivendo] como o herói da própria narrativa mítica a cada dia.” Desta forma, os antigos egípcios “se identificariam” com a divindade correspondente que definia sua situação em dato momento. Shaw proveu excelentes exemplos sobre este tema: “Uma pessoa com dor de cabeça virava Hórus, o Menino, cuidado por sua mãe, que virava Ísis; na morte, o falecido virava diversos deuses enquanto realizava a travessia pelo reino da vida pós-morte, assumindo a autoridade divina de cada deus por um determinado tempo. Os mitos do Egito eram elásticos o suficiente para encaixarem-se a vida de todos…”
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Charles River Editors
- ISBN-10: 1726260526
- ISBN-13: 978-1726260527
- ASIN: B07GV1LHJ1
- Editora: Charles River Editors
- Idioma: Português
- Tamanho: 18749 KB
- Nº de Páginas: 96
- Categoria: História
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