O médico e o jornalista: Afinal a imprensa não é nenhum monstro

Um guia de como se comportar em entrevistas. Como o médico pode utilizar a assessoria de imprensa para tornar-se referência em sua área de atuação, aproveitando as mídias disponíveis e a sua adequação à Medicina. Como fazer comunicação e publicidade na Medicina.

Graças ao extraordinário desenvolvimento tecnológico e científico que sofreu a Medicina nessas últimas seis décadas, o bom exercício profissional, nos dias de hoje, não pode prescindir por parte do seu praticante de um amplo relacionamento das áreas que orbitam esta ciência-arte, tais como Economia, Sociologia, Política, Literatura, Artes Plásticas, Estética, Comunicação, Meio Ambiente e todas as demais atividades que, paralelamente, também expandiram-se de forma fantástica e que estão presentes numa sociedade razoavelmente desenvolvida.

Ficou muito para trás o tempo em que médicos como que se enclausuravam nos seus conhecimentos e nos seus consultórios, numa rotina voltada quase que exclusivamente ao tratamento de doentes e de doenças. Hoje, a terapêutica clínica ou cirúrgica, a medicina preventiva, a diagnóstica, a busca por inovação tecnológica, a robótica, a pesquisa, a ajuda humanitária e tantas outras, são campos abrangentes que muito ampliam o horizonte do profissional médico. E ao caminhar por tais veredas por escolha própria, quaisquer que sejam elas, indispensável se torna o franco inter-relacionamento com atividades afins

Assim sendo, já não é sem tempo que surgem agora os jornalistas Luchetti, competente profissional afeiçoado a trabalhar em Comunicação no meio médico, e Amadei, trazendo esta excelente obra, O Médico e o Jornalista – Afinal, a imprensa não é nenhum monstro, onde alertam para a necessidade de médicos e profissionais de saúde habituarem-se a se conhecer e a conviver entre si, desfrutando de posturas extremamente úteis em termos de comunicação. A mídia escrita, falada ou televisiva, a internet e seus aplicativos e sobretudo as redes sociais, são hoje instrumentos de comunicação fortíssimos e como tais é prudente entendê-los bem, usando-os com diligência, seja na captação de informações, seja divulgando ou enviando. Assim, o médico, a instituição de ensino ou hospitalar ou mesmo a sociedade médica,que nos dias de hoje deseja estar atenta à modernidade, não podem dispensar a comunicação como um dos mais valiosos instrumentos do nosso dia a dia.

Por isso, a presente obra em seus agradáveis capítulos esclarece com facilidade de leitura o papel que cabe a cada uma das diversas vias de comunicação e suas importâncias, o quanto o médico deve se habituar a delas dispor de forma segura, seja quando solicitado, seja quando delas necessita, as diferenças entre o desempenho do jornalista e do assessor de imprensa na rotina de trabalho junto ao médico.