O Lado Defletido dos Amores
Por José Humberto da Silva Henriques
Surge a novela em seu esplendor maior. O entrecho carrega uma extensa sugestão de autobiografia, assim como revela o próprio autor. Entretanto, não é biográfico. É apenas uma ilação, um parâmetro, uma maneira de descrever o mundo assim como ele era nos tempos em que o escritor ainda era um adolescente em busca de formação intelectual e cultural. Por ser assim, alguma coisa pode fazer relembrar a Uberaba daqueles idos tempos da década de 1970. Todos os esboços levam a crer que isso é uma realidade, um pano de fundo veemente na realização dessa obra magnífica. Aqui o tema amoroso é trabalhado com grande cuidado. Assim como mesmo demonstra o título do livro, O Lado Defletido dos Amores, a ironia impera de fora a fora na demonstração figurativa de cada personagem e sua relação com o mundo e com a maneira de pensar daqueles dias. Sempre houve no autor essa confluência naturalística que oscila entre homem e mulher, a busca de todos os valores que podem ser considerados como motivo de planejamento vital. Por isso mesmo, o amor, causa e efeito de toda a circunstância aqui emitida e elaborada, acaba por ser o centro geodésico da novela e de um mundo que entra no torvelinho da formação textual, de tal sorte que acaba mesmo sendo cerne e, a um só tempo, expurgo na constatação das coisas espúrias e vazias desse universo.
Todas as personagens dessa novela se congraçam de maneira perfeita e bastante envolvente com a trama. Nada foge da identidade de um mundo que o autor quis recriar e o fez com a perfeição de uma textualização perfeita. A dizer de outro modo, não existe artificialismo algum nessa criação. Tudo que poderia ser proposto foi identificado e jogado nas páginas de uma maneira espetacular. Assim, a trama se desenvolve sem fugir de seu objetivo principal, ou seja, a demonstração de que a prosa pode carregar a fundamentação da Arte em seu eixo maior e esplendor. Henriques traz nesse livro a maturidade e a espontânea fruição do texto. A conformação das frases é delicada e produto da inteligência de quem lida com a Literatura de uma maneira introspectiva, porquanto seja ainda, sensacional em seus meandros. Com isso e diante desse fato, o humor correspondente a uma ponta de ironia – quando não o sarcasmo que envolve a conveniência de uma cena urbana demasiada, social no seus entrementes – faz parte das decisões do autor, criador cuja sensibilidade extrapola a simples dimensão daquilo que poderia ser chamado de casual.
Em nenhum momento da intertextualidade a novela – que poderia ser chamada de romance, tudo dependendo do ângulo de motivação que o leitor queira dar ao compêndio – perde o fio da meada e seus propósitos. A integração entre as personagens e o ambiente é coercitiva, isto é, obedece necessariamente ao mesmismo substancial da maneira de deixar a coisa real e sem pechas ou questiúnculas literárias. Além do mais, a homogeneidade de pensamento e individualidade desse contingente fictício traduz com louvor a situação de um mundo trivial, pueril, cheio de dolos e de oportunidades de futuro e de esperanças. No fundo, O Lado Defletido dos Amores é um texto cujo título é muito abrangente e poderia ser facultado a outras vias e outras interpretações, tamanha a complacência com que o autor lança o verbo em busca da realização perfeita da obra de Arte. Um dos detalhes que poderiam pender muito na realização do texto é o fato de que o romancista é exímio poeta e lavora no centro da poesia de vanguarda. Esse tipo de condenação da palavra e suas metáforas muito vívidas dão ao texto esse valor novo e sempre lírico. Com isso, nada passa a mais e nada falta na consecução de um projeto que já nasce lapidado.
O Lado Defletido dos Amores é uma obra-prima em todos os seus aspectos. Trata-se de um livro relevante e que surge na maturidade do escritor, portanto, sem subterfúgios ou desmazelos.
Todas as personagens dessa novela se congraçam de maneira perfeita e bastante envolvente com a trama. Nada foge da identidade de um mundo que o autor quis recriar e o fez com a perfeição de uma textualização perfeita. A dizer de outro modo, não existe artificialismo algum nessa criação. Tudo que poderia ser proposto foi identificado e jogado nas páginas de uma maneira espetacular. Assim, a trama se desenvolve sem fugir de seu objetivo principal, ou seja, a demonstração de que a prosa pode carregar a fundamentação da Arte em seu eixo maior e esplendor. Henriques traz nesse livro a maturidade e a espontânea fruição do texto. A conformação das frases é delicada e produto da inteligência de quem lida com a Literatura de uma maneira introspectiva, porquanto seja ainda, sensacional em seus meandros. Com isso e diante desse fato, o humor correspondente a uma ponta de ironia – quando não o sarcasmo que envolve a conveniência de uma cena urbana demasiada, social no seus entrementes – faz parte das decisões do autor, criador cuja sensibilidade extrapola a simples dimensão daquilo que poderia ser chamado de casual.
Em nenhum momento da intertextualidade a novela – que poderia ser chamada de romance, tudo dependendo do ângulo de motivação que o leitor queira dar ao compêndio – perde o fio da meada e seus propósitos. A integração entre as personagens e o ambiente é coercitiva, isto é, obedece necessariamente ao mesmismo substancial da maneira de deixar a coisa real e sem pechas ou questiúnculas literárias. Além do mais, a homogeneidade de pensamento e individualidade desse contingente fictício traduz com louvor a situação de um mundo trivial, pueril, cheio de dolos e de oportunidades de futuro e de esperanças. No fundo, O Lado Defletido dos Amores é um texto cujo título é muito abrangente e poderia ser facultado a outras vias e outras interpretações, tamanha a complacência com que o autor lança o verbo em busca da realização perfeita da obra de Arte. Um dos detalhes que poderiam pender muito na realização do texto é o fato de que o romancista é exímio poeta e lavora no centro da poesia de vanguarda. Esse tipo de condenação da palavra e suas metáforas muito vívidas dão ao texto esse valor novo e sempre lírico. Com isso, nada passa a mais e nada falta na consecução de um projeto que já nasce lapidado.
O Lado Defletido dos Amores é uma obra-prima em todos os seus aspectos. Trata-se de um livro relevante e que surge na maturidade do escritor, portanto, sem subterfúgios ou desmazelos.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): JOSE HUMBERTO da Silva HENRIQUES
- ASIN: B09PJN7JSP
- Idioma: Português
- Tamanho: 4126 KB
- Nº de Páginas: 130
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
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