O Herdeiro da Máfia

Em uma noite chuvosa, a jovem médica Emma teria apenas mais um plantão normal se não tivesse atendido Anthony. O homem de cútis angelicais, tatuado e irreverente, carrega um mistério que desperta a curiosidade de Emma. Postura impecável e sensualidade acabam seduzindo a jovem garota. No entanto, ela ainda cairia de amores por ele se soubesse a verdade? Um romance de tirar o fôlego e que te fará pedir por mais. Prepare-se e fique à vontade para se apaixonar por Anthony Hernández!”— Você não gosta de luxo? — ele retomou o assunto e pareceu desviar sua atenção para mim, talvez tentando pescar minhas feições enquanto dirigia.— Não é isso… Pode acreditar, eu sou considerada a maior capitalista da família. Só não vejo razões para aceitar algo tão caro de um homem que mal conheço. Existe um limite… — Comecei a tagarelar, porém fui interrompida quando ele ligou o rádio. Oh, aquilo foi rude. Um “cala a boca” teria soado da mesma forma.Fitei seu rosto e ele parecia estar mesmo concentrado no trânsito. Ou talvez ele não fosse com minha cara. O que faz sentido, já que não foi bem amigável desde quando o conheci no hospital. Até mesmo quando me ofereceu uma carona, minutos atrás, parecia rude, como se sua consciência estivesse o obrigando.“(…) mais um dos maiores chefes do tráfico dos EUA foi preso nessa tarde. Essa prisão é primordial para descobertas de outras peças soltas para a polícia federal, incluindo a descoberta da identidade de um dos maiores chefes do tráfico mundial atualmente, Hernández (…)”A interlocutora continuou falando e achei uma brecha para quebrar o silêncio que se arrastava entre nós.— Esse é o limite que estava tentando dizer. Cidadãos com uma conduta ilibada podem até gostar de dinheiro, porém, eles têm escrúpulos, limites, algo que a essência de um traficante como esse não contempla.— Por que fala da essência de uma pessoa que não conhece? — perguntou, me surpreendendo, não esperava que ele dissesse algo.— Posso até não o conhecer, mas sei de um fato sobre ele que o descreve muito bem.— Em que escola a ensinaram a ser tão extremista? — ele retrucou, demonstrando certo interesse na discussão. — O mundo é dinâmico, as pessoas mais ainda. O que faz você rotular alguém por conhecimento de um simples fato?— Que formação você tem? — perguntei.— Formação? — indagou, confuso.— Sim, em que você é formado?— insisti. — Preciso saber o tipo de pessoa com quem estou discutindo.— Se soubesse não estaria tendo este tipo de conversa comigo. — Ele riu. Não entendi. Parecia algum tipo de piada interna.— Nossa, é tão inteligente assim? — perguntei, realmente curiosa. — Talvez ciências políticas?— Algo mais com empreendedorismo.— Ah, então é um empresário?— Algumas pessoas não classificariam assim — ele disse, por fim mudando a sintonia do rádio.”* Edição com nova revisão e epílogo.