Esse livro trata de um tema urbano e a Cidade de São Paulo foi a eleita para se saber à fortuna do entrecho. O romance é trágico sob todos os seus aspectos. As personagens são individualistas, todas elas, criadas e performadas como criaturas que se salvam e vivem dentro de elementos limitados, espaços curtos, como mesmo acontece com quem habita apartamentos desses arranha-céus das grandes cidades, megalópoles eternas. O Professor, personagem central desse livro completamente introspectivo, pode ser chamado de bizarro, conquanto tenha em si mesmo todas as razões possíveis para ser um homem dono de suas boas faculdades de interpretação do universo, o cosmos integral.
Livro com modos de tragicomédia. Apesar de toda a tragédia encontrada ao longo da trama, o Professor sempre se arranja dentro de situações inolvidáveis. Demonstra plenamente sua alienação e sua maneira de pensar diante e dentro de um mundo que já não tem mais como ser consertado. Por isso, o impacto sempre crescente à medida que se desenvolve a hierarquia da história. Um livro com arranjo não linear, com desvios atemporais do que se conta, de tal maneira assim é que se faz necessário grande atenção a todo o complexo da narrativa. Romance denso, pululado de surpresas e de novidades inteligentes.
O humor é bem estabelecido e perorado em todo o romance. Não poderia ser diferente, a julgar-se pela individualidade massacrante que atende a um homem tremendamente sensível e integrado ao ambiente onde vive. Ainda assim, integrado e habitué, a vida não lhe parece satisfatória em suas revelações todas, mesmo as mais superficiais. Diante disso, a personagem reage e comete abusos que poderiam contrariar demais a moral e os bons costumes. JH Henriques faz com que suas criações sejam prestidigitadas com a maestria daqueles escritores que dominam o todo e podem amarrar uma trama com facilidade. Por isso, a leveza das ocorrências, embora a vida aqui seja revista sob muito ângulos distintos e através de frestas clamorosas. A loucura boia como identidade.
O Gafanhoto e a Solidão traz a sequência de Vesperal da Lontra, um romance anterior que trata da vida de um professor de Literatura Universal na cidade também de São Paulo. Enquanto Vesperal da Lontra tenta sair dos moldes acadêmicos em vida de um professor; o outro tenta sair dos modos urbanos convencionais em vida de um homem que tenta ser cidadão. Os dois professores apenas encarnam uma única personagem em diferentes etapas da vida. A maneira de penar continua exatamente a mesma. Ajuntando os dois livros, tem-se a noção exata de quão genial é o criador que vai além dos limites de suas próprias personagens, constrói com a estética mais apurada e diferenciada seus romances.
Ambos os livros são cheios de armadilhas diversas. Talvez a leitura de Vesperal da Lontra seja mais difícil de ser levada avante por um público não especializado porque é um verdadeiro tratado de Literatura Universal. Ainda assim, a leitura flui com avidez de facilidade para qualquer leitor porque a história é sempre muito interessante. E sempre, nos dois casos, a tragédia se insinua por conta das fatalidades que atingem um intelectual que tem graves dificuldades em se adaptar a um meio inóspito para a sua maneira de pensar. O seu mundo está sempre acumulado de coisas que julga pernósticas ou supérfluas. E a efemeridade do mundo se faz presente do começo ao fim do compêndio. A cabeça do Professor se alarma e ele conclui a decisão existencial que lhe cabe.
O Gafanhoto e a solidão é obra-prima.
Isso já foi dito e repetido infinitas vezes por quem se decidiu a fazer alguma crítica desse livro: que é obra prima. As mulheres em vida do Professor atuam de uma maneira subliminar – deve-se acrescentar isso antes de se findar essa resenha miúda sobre o romance. Entretanto, elas parecem ser bastante cobiçadas ao longo de um desfile cujo começo não pode ser esboçado e cujo fim não pode jamais ser limitado ou apontado ao longo das suposições.
Livro com modos de tragicomédia. Apesar de toda a tragédia encontrada ao longo da trama, o Professor sempre se arranja dentro de situações inolvidáveis. Demonstra plenamente sua alienação e sua maneira de pensar diante e dentro de um mundo que já não tem mais como ser consertado. Por isso, o impacto sempre crescente à medida que se desenvolve a hierarquia da história. Um livro com arranjo não linear, com desvios atemporais do que se conta, de tal maneira assim é que se faz necessário grande atenção a todo o complexo da narrativa. Romance denso, pululado de surpresas e de novidades inteligentes.
O humor é bem estabelecido e perorado em todo o romance. Não poderia ser diferente, a julgar-se pela individualidade massacrante que atende a um homem tremendamente sensível e integrado ao ambiente onde vive. Ainda assim, integrado e habitué, a vida não lhe parece satisfatória em suas revelações todas, mesmo as mais superficiais. Diante disso, a personagem reage e comete abusos que poderiam contrariar demais a moral e os bons costumes. JH Henriques faz com que suas criações sejam prestidigitadas com a maestria daqueles escritores que dominam o todo e podem amarrar uma trama com facilidade. Por isso, a leveza das ocorrências, embora a vida aqui seja revista sob muito ângulos distintos e através de frestas clamorosas. A loucura boia como identidade.
O Gafanhoto e a Solidão traz a sequência de Vesperal da Lontra, um romance anterior que trata da vida de um professor de Literatura Universal na cidade também de São Paulo. Enquanto Vesperal da Lontra tenta sair dos moldes acadêmicos em vida de um professor; o outro tenta sair dos modos urbanos convencionais em vida de um homem que tenta ser cidadão. Os dois professores apenas encarnam uma única personagem em diferentes etapas da vida. A maneira de penar continua exatamente a mesma. Ajuntando os dois livros, tem-se a noção exata de quão genial é o criador que vai além dos limites de suas próprias personagens, constrói com a estética mais apurada e diferenciada seus romances.
Ambos os livros são cheios de armadilhas diversas. Talvez a leitura de Vesperal da Lontra seja mais difícil de ser levada avante por um público não especializado porque é um verdadeiro tratado de Literatura Universal. Ainda assim, a leitura flui com avidez de facilidade para qualquer leitor porque a história é sempre muito interessante. E sempre, nos dois casos, a tragédia se insinua por conta das fatalidades que atingem um intelectual que tem graves dificuldades em se adaptar a um meio inóspito para a sua maneira de pensar. O seu mundo está sempre acumulado de coisas que julga pernósticas ou supérfluas. E a efemeridade do mundo se faz presente do começo ao fim do compêndio. A cabeça do Professor se alarma e ele conclui a decisão existencial que lhe cabe.
O Gafanhoto e a solidão é obra-prima.
Isso já foi dito e repetido infinitas vezes por quem se decidiu a fazer alguma crítica desse livro: que é obra prima. As mulheres em vida do Professor atuam de uma maneira subliminar – deve-se acrescentar isso antes de se findar essa resenha miúda sobre o romance. Entretanto, elas parecem ser bastante cobiçadas ao longo de um desfile cujo começo não pode ser esboçado e cujo fim não pode jamais ser limitado ou apontado ao longo das suposições.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B01M6Y678B
- Idioma: Português
- Tamanho: 1976 KB
- Nº de Páginas: 403
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro O gafanhoto e a Solidão, escrito por José Humberto da Silva Henriques. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.