O autor americano fez uma espécie de genealogia da comida ao percorrer, em marcha a ré, a trajetória do alimento da mesa até sua origem mais remota. Muito além do jornalismo, dá absolutamente todas as explicações a respeito de cada ingrediente consumido diariamente. Ao contrário dos que tentam esquecer os abusos da indústria alimentícia, Michael Pollan leu o rótulo e viajou até o pedaço de terra onde cada substância foi plantada. Percebeu que identificar o desenvolvimento, a manipulação e a industrialização das comidas processadas exige talento de um detetive ecológico, munido de coragem e destreza.
No início dessa investigação retrospectiva da cadeia alimentar, o autor descobriu a onipresença do milho, que alimenta não só a galinha como o cordeiro e o salmão! Obra da superprodução dessas calorias baratas conquistada pela agricultura americana. Seja nos refrigerantes, no creme para o café, na fruta em lata ou nas misturas para bolos, o grão é superestimado pela indústria, apesar de seus conhecidos danos à saúde. Por isso Pollan visitou campos cultivados, pilotou tratores em milharais e fez perguntas capciosas aos produtores, obrigados a tornar cada processo transparente e acessível ao leigo.
O jornalista devassou o processamento da comida em todos os seus aspectos, até o das propostas aparentemente mais saudáveis. Quando descobriu as fazendas “orgânicas industriais”, surpreendeu-se com a contradição da proposta: numa grande cadeia de lojas de produtos orgânicos, o rótulo do frango “Rosie” afirmava ser “criado em liberdade”. Ao seguir seus traços até o abrigo em que vivia, verificou que, a não ser pelo certificado orgânico de sua ração, também era mantido em cárceres como os das galinhas confinadas em granjas industriais.
Michael Pollan visitou matadouros e delatou a brutalidade com que os animais são abatidos nos Estados Unidos, segundo ele, sem precedentes em todo o mundo. A certa altura, foi à caça de um porco para se conscientizar da agonia do bicho, estripando-o e o preparando para um jantar feito apenas com ingredientes que ele próprio coletou. Trata-se de um impressionante e detalhado tratado sobre alimentação que, pela competência e incansável pesquisa do autor, foi incluído nas listas dos melhores livros do ano das principais publicações americanas.
Los Angeles Times “Michael Pollan aperfeiçoou um estilo – que alia uma prazerosa ironia a um mal camuflado tom de insulto – e uma maneira de se inserir na narrativa de modo que o tema tome forma por meio do que ele está sentindo e pensando. É um mestre em utilizar o passado para revelar grandes questões.”
The Seattle Times
“Se você alguma vez pensou que ‘o que tem para jantar’ fosse uma pergunta simples, vai mudar de idéia após ler a cáustica acusação de Pollan a respeito da atual indústria de alimentos – e sua sugestão de alternativas inspiradoras… Gostei tanto desse livro que não queria que terminasse.”
O Globo, “Prosa & Verso”“Comer já foi mais fácil, foi a conclusão a que cheguei ao final de O dilema do onívoro, do jornalista americano Michael Pollan, que se dispôs (e como) a mergulhar fundo em tantas questões alimentares. E colocar tudo em pratos limpos.”
O Estado de S. Paulo “(…) uma crítica bem fundamentada aos hábitos alimentares norte americanos.”
The New York Times Book Review “Um livro reflexivo, que nos absorve… Você não vai encontrar uma explicação melhor para a origem da sua comida.”
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Michael Pollan
- Tamanho: 1387 KB
- Nº de Páginas: 468
- Editora: Intrínseca
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro O dilema do onívoro, escrito por Michael Pollan. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.