O Diário de Vó Lina

Manhãs
Não roubem minhas manhãs
quero-as livres, pássaros, quero minhas manhãs,
só minhas.
Deitarei nelas, lençóis…
Brancos.
E salpicarei palavras,
que dormirão sonhos,
acordarão poesias
quero ser abelha
colher o mel
dessas manhãs vadias.
Emilia Goulart

Emília, em sua vida literária, caminha tendo a cada passo uma vitória. Em “O diário da Vó Lina” aguça a curiosidade dos leitores com sua sabedoria filosofal.
Manianice Paupitz Nucera

Quanto da obscuridade uma pessoa completa a outra? Questionamento os mais diversos poderão surgir no intercâmbio de guerras íntimas com os fantasmas das gerações engavetados, que é minuciosamente tecido no Diário de Vó Lina, revirado em conta gotas por Denise, a narradora adolescente que persuade o leitor a bailar no viés das suas angústias.