O culto da arte em Portugal

MEUS SENHORES: Encontrando-me n’este logar por virtude d’um convite da Real Associaåáo Central da Agricultura Portugueza, a minha primeira obrigaåáo ç agradecer a honra que esse convite para mim significa. Essa obrigaåáo cumpro-a com devoåáo, náo sð pelo respeito que me merecem as pessoas que me convidaram mas ainda pela superior consideraåáo que ha muito votei ß classe a que pertencem. È minha convicåáo que, se ha possibilidade de consolidaåáo e desenvolvimento nacional, nenhuma classe estß destinada a ter n’essa grande obra maior e mais proveitosa influencia do que a dos agricultores e proprietarios ruraes; porque em nenhuma outra ç mais intimo e constante o contacto de grandes e pequenos, a penetraåáo das diversas condiåòes n’um labor conjugado e solidario e, por conseguinte, em nenhuma outra deverß manifestar-se mais intensamente esta harmonia social, este equilibrio moral e economico que ç a corña de toda a grandeza politica e que ç a condiåáo fundamental da paz e da verdadeira prosperidade. Mostrou a direcåáo d’esta Real Associaåáo desejos de que me occupasse do credito agricola