Um notável jurisconsulto que, em tempos idos, desempenhou um lugar oficial nas ilhas Sandwich, tombou com a mão, inadvertidamente, numa noite, uma lâmpada de petróleo, e ficou muito surpreendido por ter notado que o líquido inflamado não lhe causava dor alguma ao cair nessa mão. Chamou o médico; e a surpresa se transformou em horror ao ouvir que estava atacado de lepra.
Analogamente, a lepra moral não dá, no seu primeiro grau, a dor física; prende, pelo contrário, a sua vítima ao prazer sexual que lhe proporciona, e, excitando-lhe a animalidade, lhe vai nublando a pouco e pouco o espírito, até que desapareça no homem a imagem divina.
Assim como o ópio anestesia a sensibilidade física, assim também a impureza anestesia a sensibilidade espiritual, minando traiçoeiramente o organismo e submetendo lisonjeiramente “agradavelmente” o prazer sexual à inconsciência do perigo.
A impureza atua como uma levedura “fermento,” e afeta o homem no seu conjunto; apesar dos seus apetites sexuais, esse homem pode prosperar durante algum tempo, mas tem no seu caráter uma perversão moral que há de dar fim de si, se não acabar, antes disso, com o seu vício prejudicial.
Tanto para o homem como para a mulher, a pureza da vida significa saúde moral e física, eficiência, harmonia de faculdades e aumento da confiança em si mesmos. Pureza significa originalidade e energia, em vez de imitação, dependência e fraqueza.
Haverá pretexto razoável para distinção tão injusta? As consequências da impureza serão menos desastrosas para o homem que para a mulher? A moral também tem sexo? Haverá razão pela qual o homem tenha o direito de se lançar na lama da sensualidade e para que toda a gente atire pedras à infeliz que está respingada só pela lama do homem? Não, não, e mil vezes não! Os alicerces da virtude ficariam abalados, se sustentássemos a ideia de que, por causa da diferença do sexo, os homens podem se afastar do sexto mandamento “Não pecar contra a castidade,” absolver da imoralidade a sua infração e fazer impunemente o que excluiria da sociedade uma mulher que o fizesse.
Como o homem tem sido sempre quem, durante séculos, ditou as leis, conforme o seu capricho e às vezes atropelando a justiça, não é de estranhar que os legisladores tenham feito tamanha distinção entre o homem e a mulher, em matéria de atentados contra o pudor e delitos contra a honestidade. Os homens afastam, sempre para muito longe do código penal, as suas obscenidades sexuais, e os legisladores têm nisso responsabilidade, pela injusta diferença que a opinião pública estabelece entre as faltas praticadas por um ou outro sexo, dando, desta forma, estímulo crescente ao vício.
O fermento do ideal feminista vai-se estendendo lentamente na vida mundial, operando uma profunda revolução na sociedade. A atividade da mulher no mundo moderno apressa a evolução da humanidade a um nível superior.
Em tempos que em breve hão de vir, há de ser impossível que um homem impuro contraia matrimônio com uma mulher que se acha num nível moral incomparavelmente superior ao seu. Igualmente impossível será que um homem roube de uma mulher a honra, que é mais preciosa que a própria vida, e depois a abandone, desprezando-a como um brinquedo inútil, sem que a sociedade o chame a prestar contas pela sua crueldade. É preciso que desapareça da massa social o tipo frequente de homem a quem parece desonroso não pagar uma dívida contraída ao jogo, dívida sarcasticamente chamada dívida de honra, mas que não vacila um momento em abandonar a infeliz seduzida, nem tem o mais leve sentimento de humanidade pela inocente criatura que deixou no mundo com a desconsideração da ilegitimidade.
Analogamente, a lepra moral não dá, no seu primeiro grau, a dor física; prende, pelo contrário, a sua vítima ao prazer sexual que lhe proporciona, e, excitando-lhe a animalidade, lhe vai nublando a pouco e pouco o espírito, até que desapareça no homem a imagem divina.
Assim como o ópio anestesia a sensibilidade física, assim também a impureza anestesia a sensibilidade espiritual, minando traiçoeiramente o organismo e submetendo lisonjeiramente “agradavelmente” o prazer sexual à inconsciência do perigo.
A impureza atua como uma levedura “fermento,” e afeta o homem no seu conjunto; apesar dos seus apetites sexuais, esse homem pode prosperar durante algum tempo, mas tem no seu caráter uma perversão moral que há de dar fim de si, se não acabar, antes disso, com o seu vício prejudicial.
Tanto para o homem como para a mulher, a pureza da vida significa saúde moral e física, eficiência, harmonia de faculdades e aumento da confiança em si mesmos. Pureza significa originalidade e energia, em vez de imitação, dependência e fraqueza.
Haverá pretexto razoável para distinção tão injusta? As consequências da impureza serão menos desastrosas para o homem que para a mulher? A moral também tem sexo? Haverá razão pela qual o homem tenha o direito de se lançar na lama da sensualidade e para que toda a gente atire pedras à infeliz que está respingada só pela lama do homem? Não, não, e mil vezes não! Os alicerces da virtude ficariam abalados, se sustentássemos a ideia de que, por causa da diferença do sexo, os homens podem se afastar do sexto mandamento “Não pecar contra a castidade,” absolver da imoralidade a sua infração e fazer impunemente o que excluiria da sociedade uma mulher que o fizesse.
Como o homem tem sido sempre quem, durante séculos, ditou as leis, conforme o seu capricho e às vezes atropelando a justiça, não é de estranhar que os legisladores tenham feito tamanha distinção entre o homem e a mulher, em matéria de atentados contra o pudor e delitos contra a honestidade. Os homens afastam, sempre para muito longe do código penal, as suas obscenidades sexuais, e os legisladores têm nisso responsabilidade, pela injusta diferença que a opinião pública estabelece entre as faltas praticadas por um ou outro sexo, dando, desta forma, estímulo crescente ao vício.
O fermento do ideal feminista vai-se estendendo lentamente na vida mundial, operando uma profunda revolução na sociedade. A atividade da mulher no mundo moderno apressa a evolução da humanidade a um nível superior.
Em tempos que em breve hão de vir, há de ser impossível que um homem impuro contraia matrimônio com uma mulher que se acha num nível moral incomparavelmente superior ao seu. Igualmente impossível será que um homem roube de uma mulher a honra, que é mais preciosa que a própria vida, e depois a abandone, desprezando-a como um brinquedo inútil, sem que a sociedade o chame a prestar contas pela sua crueldade. É preciso que desapareça da massa social o tipo frequente de homem a quem parece desonroso não pagar uma dívida contraída ao jogo, dívida sarcasticamente chamada dívida de honra, mas que não vacila um momento em abandonar a infeliz seduzida, nem tem o mais leve sentimento de humanidade pela inocente criatura que deixou no mundo com a desconsideração da ilegitimidade.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): FELIPE RODRIGUES
- ASIN: B0B9LQWVLW
- Idioma: Português
- Tamanho: 771 KB
- Nº de Páginas: 227
- Categoria: Autoajuda
Amostra Grátis do Livro
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