O Correio: Organização, tradução, prefácio e notas de Sônia Zaghetto
Por Rabindranath Tagore “O correio” é uma meditação literário-filosófica sobre a morte, na qual a palavra morte jamais aparece. Essa e outras lacunas propositais na peça estão a serviço do caráter simbólico do texto, que nos fala de coragem, compaixão e liberdade e sobre a forma como nos conectamos uns aos outros. É uma ponte entre a casa e o mundo, uma homenagem serena ao completo ciclo da existência. Justamente por ser um hino à vida, a história atravessou um século como inspiradora da esperança e da bravura capazes de iluminar as horas de sombra do ser humano.
No Ocidente, “O correio” é a mais famosa e amada obra dramática de Tagore e seu segundo livro de maior sucesso, depois de Gitânjali. Continua a ser regularmente produzida em diversos países a história do menino Amal, gravemente doente e condenado ao confinamento. Amal só se relaciona diretamente com o médico e a família. Todos os demais contatos, com desconhecidos que ele transforma em amigos, ocorrem através de uma janela na qual a criança vê a vastidão do mundo, comove-se com as coisas corriqueiras do cotidiano e deslumbra-se com as paisagens que se desenham no horizonte.
Originalmente escrita em bengali, no ano de 1912, foi traduzida para o inglês como “The Post Office” e apresentada em 1913 pela Abbey Theatre Company, em Dublin e Londres. Tagore assistiu à peça, na Inglaterra, no mesmo ano em que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Era o começo de uma carreira de sucesso no Ocidente, por razões muito diversas das que tornam aclamadas as peças de teatro.
Há de se ter a mente liberta de tecnicalidades para compreender a mensagem de Tagore, camuflada em um texto aparentemente simples. “Levei muitos anos para aprender sobre a vida após a morte em ‘O correio’, disse o poeta irlandês William Butler Yeats, que conheceu Tagore em Londres e se tornou um dos maiores divulgadores da obra do bardo indiano. Foi Yeats quem fez os arranjos para que “O correio” – que ele considerava uma obra-prima – fosse encenado na Europa.
Em 1917, em Calcutá, Gandhi, na fase inicial da luta nacionalista, se declarou “extasiado” ao assistir à peça encenada na casa de Tagore, tendo o poeta como intérprete de Thakurda. A um hinduísta como Gandhi e a um poeta como Yeats não escapou o real sentido do texto. Eles não se deixaram impressionar pelas múltiplas referências e metáforas da morte presentes na peça. Compreenderam que o tema principal de “O correio” é a morte não como tragédia e perda, mas como liberação física e espiritual.
No Ocidente, “O correio” é a mais famosa e amada obra dramática de Tagore e seu segundo livro de maior sucesso, depois de Gitânjali. Continua a ser regularmente produzida em diversos países a história do menino Amal, gravemente doente e condenado ao confinamento. Amal só se relaciona diretamente com o médico e a família. Todos os demais contatos, com desconhecidos que ele transforma em amigos, ocorrem através de uma janela na qual a criança vê a vastidão do mundo, comove-se com as coisas corriqueiras do cotidiano e deslumbra-se com as paisagens que se desenham no horizonte.
Originalmente escrita em bengali, no ano de 1912, foi traduzida para o inglês como “The Post Office” e apresentada em 1913 pela Abbey Theatre Company, em Dublin e Londres. Tagore assistiu à peça, na Inglaterra, no mesmo ano em que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Era o começo de uma carreira de sucesso no Ocidente, por razões muito diversas das que tornam aclamadas as peças de teatro.
Há de se ter a mente liberta de tecnicalidades para compreender a mensagem de Tagore, camuflada em um texto aparentemente simples. “Levei muitos anos para aprender sobre a vida após a morte em ‘O correio’, disse o poeta irlandês William Butler Yeats, que conheceu Tagore em Londres e se tornou um dos maiores divulgadores da obra do bardo indiano. Foi Yeats quem fez os arranjos para que “O correio” – que ele considerava uma obra-prima – fosse encenado na Europa.
Em 1917, em Calcutá, Gandhi, na fase inicial da luta nacionalista, se declarou “extasiado” ao assistir à peça encenada na casa de Tagore, tendo o poeta como intérprete de Thakurda. A um hinduísta como Gandhi e a um poeta como Yeats não escapou o real sentido do texto. Eles não se deixaram impressionar pelas múltiplas referências e metáforas da morte presentes na peça. Compreenderam que o tema principal de “O correio” é a morte não como tragédia e perda, mas como liberação física e espiritual.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Rabindranath Tagore
- ASIN: B098D2BM51
- Editora: Senhor Corvo
- Idioma: Português
- Tamanho: 18609 KB
- Nº de Páginas: 127
- Categoria: Literatura e Ficção
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