O Cientista Desaparecido: Sob o sol da ilha da magia

CIENTISTA DESAPARECIDO Sob o sol da Ilha da Magia é um livro que conta a história de Anacleto Meneses, um eminente cientista, professor e empresário do ramo de farmácias e dono do maior laboratório de plantas medicinais da região sul do Brasil. Era um grande conferencista, pesquisador e professor da Universidade de São Paulo – USP. Tinha como seu braço direito para os negócios do Laboratório, a sua esposa, a Dra Luciene Fabi, que comandava a pulso firma todo aquele império do marido. Enquanto a esposa trabalhava como executiva do laboratório e gerente da rede de farmácias espalhada por toda o estado de Santa Catarina, o marido levava uma vida viajando como pesquisador dos maiores laboratórios dos Estados Unidos, da França e da Alemanha, além de ser professor convidado da Humboldt-Universität zu Berlin. Depois de doze anos, a esposa do cientista se revoltou por ter sido a empregada do marido, em vez de ter sido esposa. Foi numa dessas suas viagens à Alemanha que ela decidiu vender a fórmula e a fábrica do guaraná, por estar revoltada por estar casada com separação total da fortuna do marido que ela tinha ajudado a triplicar o seu patrimônio. E para executar a sua vingança, ela mandou falsificar a assinatura do marido e vender a sua fórmula do “Guaraná Jurerê”, juntamente com a fábrica que produzia o refrigerante, por vingança, tudo para deixar indignado o marido. Era a única coisa que ela podia fazer para se vingar dele, por ele ter sido egoísta e mesquinho, quando impôs a condição de se casar com ela.
O cientista desaparecido é um romance que traz uma linguagem despojada de preconceito, conta a história de Anacleto Meneses que esteve nove anos, dez meses e doze dias na favela Nova Suíça do Morro da Cruz, vivendo como pobre. Não porque ele quisesse trocar a vida de rico por uma de pobre, mas, porque foi o melhor lugar que encontrou para reinventar a sua própria vida e continuar vivo. Ele precisava ter um álibi quando voltasse ao mundo dos ricos. O melhor álibi que idealizou foi o de ser um desmemoriado, alegando que não lembrava quem ele fora no seu passado. Ele passou a viver como pobre, um simples raizeiro que fabricava garrafadas e pastas milagrosas que logo a comunidade passou a consumir. Ninguém podia imaginar que aquele homem de poucas palavras, sisudo, vivendo sozinho, era um eminente cientista com pós-doutorado e um profundo conhecedor em farmacologia.
Na sua mocidade estudou para ser padre na Universidade Gregoriana. Mas, quando chegou o dia de ser ordenado a padre, ele renunciou a batina, por não concordar com muitas imposições da igreja, tendo sido excomungado, mas por uma manobra dos advogados, ele se retratou perante ao Papa Paulo VI, que o perdoou.
Anacleto Meneses, a sua ambição intelectual e o seu tino comercial, o tornara mais ricos a cada ano.
Foi na favela da Suíça, no Morro da Cruz, no centro de Floripa, que ele conheceu Elena Wolff, quem o tirou do fundo do poço e o levou de volta ao mundo dos mais ricos.