Nem Esquerda Nem Direita – Somos todos idiotas: Como a divisão popular é usada para a manutenção de governos corruptos

Talvez você seja de esquerda, defensor de minorias oprimidas, a favor de uma sociedade mais justa e igualitária, a favor do casamento homoafetivo, da liberação das drogas, contra a privatização, contra a truculência e opressão da policia ao cidadão, em defesa das mulheres e da igualdade de gênero, contra o sistema capitalista opressor, a acumulação de capital, a apropriação indevida pela exploração do proletário pelo burguês visando o lucro, contra a Igreja e toda religião; vendo nelas uma forma de coerção do indivíduo em um sistema hipócrita de relações sociais, quem sabe seja eleitor do Jean Wyllys, militante e líder da causa e da comunidade GLBTTS, seguidor da Luciana Genro e do PSOL, defensor de politicas publicas para o desenvolvimento e o pacto social, entusiasta da planificação econômica; afetuoso de Jandira Feghali, líder emblemática do PCdoB, vendo o socialismo como um modelo econômico justo e transformador; ou quem sabe você seja de direita, a favor da livre concorrência, da mobilidade social, pela liberação do comércio e porte de armas, adorando o estilo de Donald Trump, da forma mais simples para sociedade civil, de um estado mínimo com a menor interferência estatal possível, vendo com ânimo o conceito de self made man, da meritocracia no trabalho, fã incondicional de Ludwig Von Mises e sua tese da liberdade econômica, de Rodrigo Constantino, de Reynaldo Azevedo e suas posturas perante o cenário politico econômico, das teses de Olavo de Carvalho e leitor incansável da revista Veja, eleitor do Aécio Neves, do Jair Bolsonaro, defensor ferrenho do capitalismo, de politicas conservadoras, de famílias tradicionais e ortodoxas como formas de manutenção da sociedade e sua perpetuação, vendo a religião, sobretudo a cristã, como essencial para explicação da existência humana, entusiasta da privatização para o enxugamento da máquina estatal. E independente do lado que esteja considerem-se antagônicos, opostos, direita e esquerda, lado A e lado B; diferentes. Opostos. Adversários, quase inimigos. Contudo neste livro é mostrado que os dois lados são iguais. Liberais e conservadores são iguais. Democratas e republicanos são iguais. E por fim direita e esquerda são iguais em seus extremos; mas isso seria mesmo possível? Ou apenas mais um disparate no meio da policracia tecnocentrista em que se vive na atualidade, onde ideologias, decretos, pensamentos e juízos de valor; nascem e morrem no mesmo dia, ou na mesma hora, se falarmos da internet e suas redes sociais destiladoras de verdades em 140 caracteres, posts, blogs, vlogs, plataformas de vídeo e streaming de comunicação, de velocidade e alcances inimagináveis; mas com juízos e fundamentação técnica, cientifica e analítica, igualmente inimagináveis com o agravante de serem extremamente duvidosas. Em uma observação mais atenta veremos que todas são partes de uma célula, que compõem um organismo de controle, gerenciamento, manipulação e dominação popular chamado “massa de manobra”. Um conceito sociológico que você talvez já tenha ouvido falar, ou talvez não; mas se ouviu, tem mais certeza ainda afirma que não foi, não é e nunca fará parte dessa “massa”. O seu vizinho você considera parte da “massa de manobra”, o seu colega do lado você acha um alienado, o seu professor você vê como um desinformado, o seu chefe para você é um bocó, aquela gente tosca que você conhece faz parte da “massa de manobra”; mas você não!! Você não!!! Você não!!!Você não!!!!Você enxergou o que ninguém viu, você se considera especial, você não se considera um dominado!!! Você acha que saiu da Matrix e da caverna de Platão. Só que não saiu! Sinto informar, mas você, seja de qual lado esteja, continua na Matrix e na caverna de Platão. E sendo “massa de manobra”, e o que é pior: sem saber. Sendo parte de uma metodologia sistêmica de controle social simples de se aplicar, mas nem tão simples de perceber quando estamos fazendo parte dela em discursos separatistas e excludentes sem entender o olhar do próximo.