“Não posso ser feliz porque …” e “Serei Feliz quando …” – duas Armadilhas à nossa Felicidade (Ajude–se a Si Próprio Livro 4)

Talvez o leitor seja como eu. Reparei há algum tempo que tinha crenças que não contribuíam em nada para a minha felicidade. Essas crenças foram criadas por mim e pela sociedade à minha volta.
Não existe nada de errado em querer ter, por exemplo, muito dinheiro, um bom emprego e uma namorada bela. Estou a ver a situação do meu ponto de vista. O leitor terá uma visão diferente do que é melhor para si – à partida, não existe nada de errado.
Do meu ponto de vista, podemos e devemos fazer algo para obter o que desejamos. Infelizmente, eu e muitos leitores caímos em armadilhas frequentemente provenientes da sociedade. Uma delas é confundirmos o que a sociedade (pais, família e amigos, etc) espera de nós com o que queremos. Ou seja, muitas vezes, estamos a lutar por objetivos que não são os nossos. Porém, não é intenção deste texto tratar dessa questão.
Este texto tem como objectivo abordar outro tipo de armadilhas. Por um lado, que não podemos ser felizes sem atingirmos determinados objetivos. Ou seja, serei feliz quando acontecer determinada coisa (acabar o curso de medicina, um negócio e ter um filho, entre muitas outras possibilidades). Além disso, normalmente, nunca somos tão felizes quanto esperamos ser depois de atingirmos um objetivo porque lutamos. Isso acontece por razões que falarei mais à frente.
Por outro lado (a outra face da mesma moeda), não podemos ser felizes na situação atual pelas mais diferentes razões (estive preso, não tenho namorada e/ou o meu emprego não presta, só para dizer algumas possibilidades). Frequentemente, o que nos está a fazer infeliz não é a situação propriamente dita, especialmente se for algo que aconteceu no passado. O que nos está a fazer infeliz é, muitas vezes, as histórias que contamos vezes sem conta na nossa cabeça.
De certa forma, tenho de reconhecer, aprendi a ser infeliz. O simples fato de ter reconhecido estas armadilhas contribui para a minha felicidade tal como poderá contribuir para a do leitor. Porém, não fiquei por aí. Experimentei diversas estratégias que são úteis e acredito que também poderão ser úteis para o leitor.
O que pode esperar aprender com este texto?
* Uma vez que não somos bons a prever o futuro, apresentar algumas questões relacionadas com os dois tipos de armadilhas colocadas à nossa felicidade; adaptação hedonista; ser feliz é bom para o sucesso e consistência cognitiva.
* Revelar as duas armadilhas à nossa felicidade: “Não posso ser feliz porque …” e “Serei Feliz quando …”;
* Apresentar diversas estratégias para escapar a essas armadilhas, tais como focarmo-nos no lado bom do mau; evitarmos o rótulo de mau e fazermos um esforço consciente para apreciar o bom das nossas vidas.
Desejo que as estratégias apresentadas possam contribuir para escapar a essas duas armadilhas que criámos à nossa felicidade. Acredito por si só que a leitura deste texto contribuirá para isso acontecer. Porém, os efeitos serão melhores se aplicar as estratégias propostas.