Não é Sempre Que Uma Chuva Faz Um Arco–íris Dentro de Mim
Por Ricardo Vidal Em Não é sempre que uma chuva faz um arco-íris dentro de mim, o poeta evoca paisagens, inicialmente, irreconciliáveis. Contudo, como diria um renomado escritor português do século XIX: “Na arte, a indisciplina dos novos, a sua rebelde força de resistência […] é indispensável para a revivescência da invenção e do poder criativo”.
Nesta obra, os caminhos sugeridos pelo poeta indicam conexões que, muito embora imprescindíveis, causam importantes deslocamentos no leitor. Cada trama discursiva é cuidadosamente arquitetada e, como consequência, viabiliza o trânsito por entre zonas herméticas, densas e, ao mesmo tempo, sublimes.
A começar pelo título, o poeta prepara um encontro do leitor com os oxímoros da realidade, fazendo emergir os conflitos de um sujeito capturado pelas telas – e teias – do mundo contemporâneo. Seu exercício é não só o de evidenciar as disparidades infiltradas na vida, como também o de revirar a tônica de supressão das alteridades e do constante embrutecimento do homem.
Da normatividade delirante à dignidade poética, Ricardo Flores Vidal escapa rumo à ordem do recolhimento e do silêncio, em contraposição à excessiva distração da modernidade. Desde seus primeiros versos, o poeta faz um apelo à consciência, declinando-se em uma série de protagonistas que violam a diluição do Eu.
Na delicadeza de seus versos, o poeta enfrenta questões filosóficas, políticas e estéticas. Sua principal transgressão é, sem dúvida, o amor – o qual aparece tanto como o coração da Revolução, quanto desenha a cosmovisão daquele que escreve súplicas “amorquistas”: “[…] que todo amor resista, persista […]” –, insistindo, desse modo, na composição de uma obra cuja órbita é o amor, isto é, um Manifesto às relações com o mundo, com o Outro e com a própria subjetividade.
As vozes prevalentes em sua poesia invocam os espaços de fruição, extensão e partilha, e a Gruta ressurge como refúgio para a celebração da poesia e da arte, possibilitando o acesso a um estado elevado de consciência e de autoconhecimento, capazes de libertar o homem das correntes da ignorância.
Poesia e a arte aparecem, portanto, como formas de cura ou de artifício para afastar a alienação em massa da vida moderna, configurando territórios de sociabilidade em que as pessoas procuram um aconchego em torno do fogo das artes. São aquilo que o próprio poeta chamará de “Labirinto Colorido”, afinal: o que é a vida senão um labirinto ao qual tentamos colorir valendo-nos, por exemplo, da materialidade poética? Assim como as vozes aqui presentes, todos possuímos um só objetivo: estruturar o mundo através da delicadeza e da afetividade da poesia.
Nesta obra, os caminhos sugeridos pelo poeta indicam conexões que, muito embora imprescindíveis, causam importantes deslocamentos no leitor. Cada trama discursiva é cuidadosamente arquitetada e, como consequência, viabiliza o trânsito por entre zonas herméticas, densas e, ao mesmo tempo, sublimes.
A começar pelo título, o poeta prepara um encontro do leitor com os oxímoros da realidade, fazendo emergir os conflitos de um sujeito capturado pelas telas – e teias – do mundo contemporâneo. Seu exercício é não só o de evidenciar as disparidades infiltradas na vida, como também o de revirar a tônica de supressão das alteridades e do constante embrutecimento do homem.
Da normatividade delirante à dignidade poética, Ricardo Flores Vidal escapa rumo à ordem do recolhimento e do silêncio, em contraposição à excessiva distração da modernidade. Desde seus primeiros versos, o poeta faz um apelo à consciência, declinando-se em uma série de protagonistas que violam a diluição do Eu.
Na delicadeza de seus versos, o poeta enfrenta questões filosóficas, políticas e estéticas. Sua principal transgressão é, sem dúvida, o amor – o qual aparece tanto como o coração da Revolução, quanto desenha a cosmovisão daquele que escreve súplicas “amorquistas”: “[…] que todo amor resista, persista […]” –, insistindo, desse modo, na composição de uma obra cuja órbita é o amor, isto é, um Manifesto às relações com o mundo, com o Outro e com a própria subjetividade.
As vozes prevalentes em sua poesia invocam os espaços de fruição, extensão e partilha, e a Gruta ressurge como refúgio para a celebração da poesia e da arte, possibilitando o acesso a um estado elevado de consciência e de autoconhecimento, capazes de libertar o homem das correntes da ignorância.
Poesia e a arte aparecem, portanto, como formas de cura ou de artifício para afastar a alienação em massa da vida moderna, configurando territórios de sociabilidade em que as pessoas procuram um aconchego em torno do fogo das artes. São aquilo que o próprio poeta chamará de “Labirinto Colorido”, afinal: o que é a vida senão um labirinto ao qual tentamos colorir valendo-nos, por exemplo, da materialidade poética? Assim como as vozes aqui presentes, todos possuímos um só objetivo: estruturar o mundo através da delicadeza e da afetividade da poesia.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Ricardo Vidal
- ASIN: B099Y6FL54
- Idioma: Português
- Tamanho: 980 KB
- Categoria: Literatura e Ficção
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Não é Sempre Que Uma Chuva Faz Um Arco–íris Dentro de Mim, escrito por Ricardo Vidal. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.