Eu dirigia a redação de um grande jornal de Pernambuco quando, numa certa tarde, chega à minha sala Carlos Alberto Fernandes, com um artigo que pretendia vê-lo publicado na página de Opinião. Ele não era o primeiro nem seria o último dos candidatos a disputar aquele concorrido espaço – havia sempre um número muito maior de pretendentes do que páginas de jornal para acatá-los. Recebi o artigo, joguei prá la e quando tive tempo, parei para avaliar: era de muito boa qualidade. Publiquei aquele e muitos outros, sempre redigidos com cuidado, abordando temas relevantes e atuais, algumas vezes críticos e outras elogiosos, mas nem a crítica era deselegante nem os elogios eram gratuitos. E Carlos Alberto, durante alguns anos, tornou-se um dos articulistas mais publicados pelo jornal, abordando com profundidade temas e assuntos dos quais, por prudência e comodismo, muitos preferiam se afastar: a inflação sem controle, os desacertos da economia, os problemas na saúde e na educação, a inadequação de algumas políticas públicas, os erros e acertos dos governantes de todos os partidos e feitios, sempre com a precisão do seu texto e a elegância de quem não foge da polêmica.
Durante algum tempo, o jornal privou-se dos seus textos: estava em Brasília, trabalhando no Ministério da Fazenda, na assessoria de uma das mais importantes diretorias. De volta ao Recife, lá estava Carlos Alberto Fernandes ajudando a editar a Revista Continente, uma das melhores publicações culturais do país, na avaliação de escritores do porte de um Salim Miguel e uma Eglê Malheiros, para quem, a pedido de ambos, moradores em Florianópolis, eu enviei alguns exemplares. Depois de nova ausência, Carlos Alberto Fernandes retorna, como o mesmo vigor e as mesmas inquietações que carrega desde o dia em que deixou a sua Mossoró natal – a cidade onde Lampião não entrou – trazendo pronto para edição esse “Mosaico do Poder”, uma seleção de ensaios nos quais, com a visão privilegiada de quem conviveu de perto com o poder, descreve e avalia os muitos caminhos por onde, aos trancos e barrancos, caminhou e caminha o Brasil de todos nós.
Digo antecipadamente que este “Mosaico”, composto por cinco capítulos, não faz condescendência nem tem compromisso com o erro: personagens e instituições são abordados e analisados na justa medida dos seus desempenhos, louvados quando merecem a louvação; criticados quando renderam muito menos daquilo que deles se esperava, nas suas tarefas e compromissos. E recomendo: quem quer estudar com mais profundidade a história política, econômica e social do Brasil nestas últimas duas décadas; quem pretende relembrar fatos e personagens que, para o bem ou para o mal, estiveram na ribalta dos acontecimentos, quem, finalmente, precisa de um diagnóstico profundo e fiel dessa Nação que, segundo canção popular, “é abençoado por Deus”, que se debruce sobre as páginas deste livro-guia de Carlos Alberto, pois passarão a entender melhor nossos erros e acertos, caminhos e descaminhos que traçam nossa rota republicana, para, finalmente, fazermos nós mesmos algumas perguntas: O que nós queremos? Para onde vamos? Qual o nosso futuro?
Ivanildo Sampaio é jornalista.
Durante algum tempo, o jornal privou-se dos seus textos: estava em Brasília, trabalhando no Ministério da Fazenda, na assessoria de uma das mais importantes diretorias. De volta ao Recife, lá estava Carlos Alberto Fernandes ajudando a editar a Revista Continente, uma das melhores publicações culturais do país, na avaliação de escritores do porte de um Salim Miguel e uma Eglê Malheiros, para quem, a pedido de ambos, moradores em Florianópolis, eu enviei alguns exemplares. Depois de nova ausência, Carlos Alberto Fernandes retorna, como o mesmo vigor e as mesmas inquietações que carrega desde o dia em que deixou a sua Mossoró natal – a cidade onde Lampião não entrou – trazendo pronto para edição esse “Mosaico do Poder”, uma seleção de ensaios nos quais, com a visão privilegiada de quem conviveu de perto com o poder, descreve e avalia os muitos caminhos por onde, aos trancos e barrancos, caminhou e caminha o Brasil de todos nós.
Digo antecipadamente que este “Mosaico”, composto por cinco capítulos, não faz condescendência nem tem compromisso com o erro: personagens e instituições são abordados e analisados na justa medida dos seus desempenhos, louvados quando merecem a louvação; criticados quando renderam muito menos daquilo que deles se esperava, nas suas tarefas e compromissos. E recomendo: quem quer estudar com mais profundidade a história política, econômica e social do Brasil nestas últimas duas décadas; quem pretende relembrar fatos e personagens que, para o bem ou para o mal, estiveram na ribalta dos acontecimentos, quem, finalmente, precisa de um diagnóstico profundo e fiel dessa Nação que, segundo canção popular, “é abençoado por Deus”, que se debruce sobre as páginas deste livro-guia de Carlos Alberto, pois passarão a entender melhor nossos erros e acertos, caminhos e descaminhos que traçam nossa rota republicana, para, finalmente, fazermos nós mesmos algumas perguntas: O que nós queremos? Para onde vamos? Qual o nosso futuro?
Ivanildo Sampaio é jornalista.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Carlos Alberto Fernandes
- ASIN: B07CZNZLHG
- Idioma: Português
- Tamanho: 417 KB
- Nº de Páginas: 362
- Categoria: História
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Mosaico do poder, escrito por Carlos Alberto Fernandes. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.