Morte de um perito

O dr. Lorrimat aparece morto dentro do seu local de trabalho, o laboratório Hoggatt, especializado em exames criminais. De personalidade obscura e controvertida, a vítima levava vidas antagônicas: uma dedicada à ciência e outra, secreta, à filosofia. Amores clandestinos, cartas nunca enviadas e um testamento modificado pouco antes do crime são os elementos que tecem essa intriga – mais uma tarefa para o detetive da Scotland Yard Adam Dalgliesh.
Ninguém parece lamentar a morte de Lorrimat. Os suspeitos e os álibis se multiplicam, e seus colegas de trabalho são o alvo principal da investigação. As possíveis motivações do crime vão sendo descobertas quando entram em jogo os advogados do perito. Eles revelam que Lorrimat havia mudado seu testamento uma semana antes de ser morto.
As leituras filosóficas e a vida amorosa do dr. Lorrimat também são terreno fértil para as investigações. Ao longo da intriga, o poeta e detetive da Scotland Yard Adam Dalgliesh e seu ajudante Massingham vão descartando possíveis suspeitos. Com uma prosa de impecável controle narrativo, P. D. James ilumina meandros obscuros do sistema judicial e introduz o leitor a um universo em que amor proibido, ódio e extorsão delineiam um suspense em cujo desenlace pesa mais a pressão psicológica do que os fatos científicos.