Mind, the software: science and art to simulate or execute thoughts
Por Rogério Figurelli Nosso cérebro é uma máquina de construir paradigmas e estamos sempre presos a eles, até para criar algoritmos que irão realizar atividades cognitivas, por mais paradoxal que isso possa ser.
Se você for da área de ciências da computação, como muitos de meus leitores, talvez uma das coisas que mais surpreenda seu cérebro é que a nossa memória não foi projetada para amazenar dados não relacionados ou puros, que em tecnologia da informação chamamos de ‘raw data’ ou dados primários, uma vez que eles são armazenados em uma estrutura nobre chamada de neurônios.
Sim, os nossos neurônios são a estrutura básica de armazenamento de dados – ou seja, não existe nenhum hard disk (HD) ou memória RAM/ROM no padrão de hardware que conhecemos –, e portanto o que irá ficar registrado lá é essencialmente aprendizado, e deve ser utilizado da forma mais eficiente possível, o que é uma função da evolução descobrir.
Dessa forma, o cérebro pode ser considerado o órgão de processamento chave do corpo humano, se comparado aos demais órgãos.
Entretanto, René Descartes trouxe uma proposta de distinção de corpo e mente, dentro de uma visão científica, conhecido até hoje como conceito mente e corpo, onde a mente ganha um diferente nível de hierarquia e complexidade:
Essa contribuição facilita bastante a abstração dos estudos do cérebro e de seu funcionamento, principalmente do que não vemos ou sequer temos provas de existir. Na verdade, ele separou o paradigma do material e o imaterial, de forma científica, superando todos preconceitos de sua época do que poderia ser considerado fora dos padrões científicos, criando o conceito de dualismo e a base da filosofia da mente, alinhada a ideias antigas de outros filósofos, como Aristóteles e Platão.
Para a Inteligência Artificial, ou ainda, para pensarmos em criar máquinas com capacidade de pensar no mesmo nível humano, foi necessário romper também um outro paradigma de material e imaterial, que é a separação de software e hardware.
Considero Alan Turing como chave nesse processo, tanto como Descartes no passado, no momento que apresenta dois conceitos inovadores: a máquina genérica, com capacidade de executar qualquer programa, e a visão de inteligência de máquina.
A separação de software, como a funcionalidade imaterial, da máquina ou hardware em si, que executa essa funcionalidade, pode parecer hoje simples, olhando qualquer computador. Mas imaginar isso olhando válvulas, motores, cabos, etc, que emulavam lógicas primitivas, e ainda com visão de que tudo isso poderia um dia pensar, foi fundamental para chegarmos no nível de evolução que estamos hoje.
E a chave final, no meu entender, para criarmos o software Mente, está justamente em unir as duas grandes ideias, de Descartes e Alan Turing, em um único sistema, com capacidade de modelar, simular ou até mesmo competir com a mente humana, tanto em nível de consciência como de pensamentos. E isso não significa que o objetivo seja criar ou duplicar uma mente no mesmo padrão que reconhecemos nos seres humanos. E, muito menos, duplicar nossa consciência.
E essa é a minha proposta e modelo, de Mente, o software, que irei apresentar nesse livro.
Se você for da área de ciências da computação, como muitos de meus leitores, talvez uma das coisas que mais surpreenda seu cérebro é que a nossa memória não foi projetada para amazenar dados não relacionados ou puros, que em tecnologia da informação chamamos de ‘raw data’ ou dados primários, uma vez que eles são armazenados em uma estrutura nobre chamada de neurônios.
Sim, os nossos neurônios são a estrutura básica de armazenamento de dados – ou seja, não existe nenhum hard disk (HD) ou memória RAM/ROM no padrão de hardware que conhecemos –, e portanto o que irá ficar registrado lá é essencialmente aprendizado, e deve ser utilizado da forma mais eficiente possível, o que é uma função da evolução descobrir.
Dessa forma, o cérebro pode ser considerado o órgão de processamento chave do corpo humano, se comparado aos demais órgãos.
Entretanto, René Descartes trouxe uma proposta de distinção de corpo e mente, dentro de uma visão científica, conhecido até hoje como conceito mente e corpo, onde a mente ganha um diferente nível de hierarquia e complexidade:
Essa contribuição facilita bastante a abstração dos estudos do cérebro e de seu funcionamento, principalmente do que não vemos ou sequer temos provas de existir. Na verdade, ele separou o paradigma do material e o imaterial, de forma científica, superando todos preconceitos de sua época do que poderia ser considerado fora dos padrões científicos, criando o conceito de dualismo e a base da filosofia da mente, alinhada a ideias antigas de outros filósofos, como Aristóteles e Platão.
Para a Inteligência Artificial, ou ainda, para pensarmos em criar máquinas com capacidade de pensar no mesmo nível humano, foi necessário romper também um outro paradigma de material e imaterial, que é a separação de software e hardware.
Considero Alan Turing como chave nesse processo, tanto como Descartes no passado, no momento que apresenta dois conceitos inovadores: a máquina genérica, com capacidade de executar qualquer programa, e a visão de inteligência de máquina.
A separação de software, como a funcionalidade imaterial, da máquina ou hardware em si, que executa essa funcionalidade, pode parecer hoje simples, olhando qualquer computador. Mas imaginar isso olhando válvulas, motores, cabos, etc, que emulavam lógicas primitivas, e ainda com visão de que tudo isso poderia um dia pensar, foi fundamental para chegarmos no nível de evolução que estamos hoje.
E a chave final, no meu entender, para criarmos o software Mente, está justamente em unir as duas grandes ideias, de Descartes e Alan Turing, em um único sistema, com capacidade de modelar, simular ou até mesmo competir com a mente humana, tanto em nível de consciência como de pensamentos. E isso não significa que o objetivo seja criar ou duplicar uma mente no mesmo padrão que reconhecemos nos seres humanos. E, muito menos, duplicar nossa consciência.
E essa é a minha proposta e modelo, de Mente, o software, que irei apresentar nesse livro.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Rogério Figurelli
- ASIN: B06Y24TFPL
- Editora: Trajecta
- Idioma: Português
- Tamanho: 2996 KB
- Categoria: Ciências
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Mind, the software: science and art to simulate or execute thoughts, escrito por Rogério Figurelli. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.