Meu Pedido de Natal

Diogo passou a vida inteira tentando ser o filho exemplar, o fiel obediente, o homem que nunca atravessa a linha. Criado dentro da igreja, aprendeu desde cedo a esconder desejos, engolir sentimentos e viver em constante conflito com quem realmente é. O problema? Ele é gay. E se apaixonar nunca esteve nos planos, muito menos pelo próprio chefe. Henrique é tudo o que Diogo não sabe lidar: seguro de si, provocador, arquiteto renomado e dono de uma presença que tira qualquer um do eixo. O que começa como uma relação profissional marcada por tensão, alfinetadas e implicâncias cresce rápido demais para ser ignorado. Entre reuniões constrangedoras, olhares que duram tempo demais e uma atração cada vez menos disfarçada, Diogo se vê lutando contra aquilo que passou a vida inteira tentando negar. Dividido entre a fé, os ensinamentos que recebeu e o que sente de verdade, Diogo se vê diante de uma escolha: continuar vivendo uma vida que o sufoca ou enfrentar tudo aquilo que sempre aprendeu a temer. Durante uma viagem de trabalho à Bahia, em Praia do Forte, uma situação inesperada o obriga a dividir o quarto e a cama com seu chefe, na casa de sua família, que também funciona como um terreiro de umbanda. Ao participar de uma gira, Diogo faz um pedido de Natal a Seu Zé Pilintra. O que parecia apenas um desejo impulsivo acaba despertando medos enraizados pelo preconceito e pela ignorância, levando-o a fugir justamente quando tudo começa a fazer sentido. Só que algumas histórias não aceitam finais covardes. Entre despedidas dramáticas, retornos improváveis, conselhos inesperados e sinais que beiram o inacreditável, Diogo descobre que a fé verdadeira não aprisiona, não castiga e não exige máscaras. Ela liberta, acolhe, ama e, às vezes, ainda faz rir no meio do caos. Uma comédia romântica sobre fé, identidade, encontros improváveis e segundas chances. Sobre aprender que amar não é pecado, é milagre. E que alguns milagres não precisam ser explicados, apenas vividos.