Meu CEO Infernal (CEOs Bilionários)

Eu odiava Giovani Bellini. Odiava o jeito frio e calculista com que comandava tudo e todos, como se fosse rei e eu, apenas a escrava particular do trono dele. Odiava quando me fazia organizar os encontros com as mulheres da vez, como se sua agenda fosse um catálogo de conquistas de luxo. “Lara, reserve a suíte presidencial no Plaza para amanhã”, ele dizia, com aquela voz grave ecoando pela sala envidraçada do trigésimo andar, o sol batendo nas paredes de vidro e destacando seus ombros largos no terno impecável, enquanto eu anotava tudo, sentindo um nó no estômago. Odiava seus cabelos e olhos negros como a noite, aquele metro e noventa de músculos e a postura arrogante de quem acredita ter nascido para controlar o mundo inteiro. Ele ficava ali, encostado na mesa, os braços cruzados, observando cada tropeço meu com um silêncio que me desconcertava mais do que qualquer bronca. E odiava, mais do que tudo, a forma como eu ficava vulnerável sempre que ele abria a boca para falar italiano. O sotaque, a voz grave, cada palavra que parecia um convite indecente. “Buona notte, piccola”, ele murmurava ao final do dia, os olhos fixos nos meus por um segundo a mais. Ah, e os apelidos que inventei não ajudavam: Ceo dos Infernos, Príncipe das Trevas, O Insuportável Bellini … (a lista é longa, pode acreditar). Mas nada me tirava mais do sério do que vê-lo se divertir cada vez que eu tropeçava em um tapete, esbarrava em um móvel ou derrubava uma caneta no chão. (Sim, eu sou desastrada. Muito. E pior: sempre mais quando ele está por perto.) Até que um dia, em meio a uma descoberta que virou minha vida do avesso, a última pessoa que eu imaginava ao meu lado… foi exatamente quem me segurou antes da queda. E foi aí que o ódio começou a se misturar com algo bem mais perigoso, crescendo como uma faísca num quarto escuro. Porque Giovani não era só o chefe arrogante. Ele era irresistível. Incontrolável. Cada minuto ao lado dele revelava uma face que eu nunca tinha visto — intensa, protetora, apaixonante. Agora, não sei se corro… ou se me deixo perder de vez nos braços do homem que eu mais amei odiar. No fim das contas, será que o ódio e o amor podem realmente andar lado a lado? Ou será que sempre foi desejo, só disfarçado de raiva?