Melhores poemas José Paulo Paes
Por José Paulo PaesEm Meia Palavra (1973), o poeta se torna ainda mais conciso, sintetizando grandes questões em poemas mínimos. Um exemplo, no qual o título é maior do que o poema, encontra-se em “O Vagido da Sociedade de Consumo”, que se resume ao verso “consummatum est!”. O processo se aguça em Resíduos (1980), em que a nota humorística não raras vezes se transforma em sarcasmo, como em “Epitáfio para Rui”: “…e tenho dito/ bravos!/ (mas o que foi mesmo que ele disse?)”. A partir de A Poesia Está Morta mas Juro que não Fui eu (1988) e sobretudo nas Prosas Seguidas de Odes Mínimas (1992), por necessidade confessional, bastante discreta, o poeta cede à tentação dos poemas mais longos (aliás, menos curtos), mas nos quais palpita uma comoção, um quê de pungente, ignorado nos epigramas. O poeta se encaminha para a fase final de sua trajetória, angustiado pela vida vivida, inquieto ante a morte, preocupações expressas nos poemas levemente dramáticos das “Socráticas”, como “Preparativos de Viagem”, onde há este verso revelador: “Ele próprio se sente um pouco póstumo quando conversa com gente jovem”.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Paulo Paes
- ISBN-10: 8526006002
- ISBN-13: 978-8526006003
- ASIN: B015JQ6T36
- Editora: Global
- Idioma: Português
- Tamanho: 1442 KB
- Nº de Páginas: 202
- Categoria: Literatura e Ficção
Amostra Grátis do Livro
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