Marionetes (A Tragédia Humana Livro 1)

Nesse exato momento vamos entrar numa das mais assombrosas produções de Literatura que foram construídas sobre a face desse planeta. Trata-se de A Tragédia Humana, novela em nove volumes, muito bem distribuídos ao longo de cerca de seis mil páginas ou mais que isso. Novela de fôlego excepcional. Esse primeiro volume, Marionetes, somente esse tomo conta com mais de mil páginas de Literatura da mais pura qualidade. Entretanto, a história que faz vigília em torno dessa novela foge muito da ficção que se faz de maneira, podemos dizer assim, normal. Há muito a se dizer sobre esses volumes. Então, vamos fazer isso por partes para que se possa entender a razão de haver um livro com esse porte, a justificativa – que nem seria necessária porque se trata de ficção, somente os moldes não são nada convencionais – por quais cargas de entendimento teríamos que passar para absorver um certame desse porte. Contudo, necessário que seja assim.
O primeiro volume, Marionetes, foi criado como tomo único. Seria um romance isolado. Chegou o autor à sua conclusão de forma simples e completa. Estava pronto o livro que se chamava Dossiê Triângulo Mineiro. Entretanto, J Humberto Henriques entendeu que o que estava ali naquele volume era insuficiente para mostrar todas as podridões dos bastidores do Poder Político no Brasil. Outro volume seria necessário. Mal sabia ele, diante dessas conjecturas que muitos outros seriam impositivos. Para fazer ficção com todo o material que tinha nas mãos, para dizer mesmo a verdade, seria preciso mais de cem mil páginas. Essa é que era a grande realidade. Diante disso, o escritor lançou mão desse projeto inadiável. Para quem tem a caneta em riste, fica fácil fazer a tinta comer as páginas. Então, o volume Marionetes estaria pronto em cerca de quatro meses.
Porém, para chegar nesse ponto da concentração de dados e exposição romanesca dos bastidores políticos desse Brasil de bestas, foi necessário um estudo prévio que surgiu de forma quase natural em vida do autor. Com isso, foi fácil dar andamento no restante da operação chamada Dossiê Triângulo Mineiro. Nem deveria ser Dossiê Triângulo Mineiro ou Minas Gerais. Mas sim, Dossiê Brasil. Ou Dossiê Chiqueiro. Ou outra coisa que o equivalha. Qualquer pensador ou criatura que tenha um pouco de senso crítico iria – ou vai – perceber que não se pode viver num país como o Brasil de forma impune, tamanha a devassidão e sujeira que extravasa de quem está no Poder. A política mais suja do planeta, se equiparando, se a menor dúvida, com qualquer republiqueta que vinga por aí, ao longo de todos os continentes que ainda respiram sobre a terra.
Mas a história que se contava tem suas nuances muito particulares. Depois que o Dossiê Triângulo mineiro veio a público, alguns capítulos foram publicados por um jornaleco do tipo imprensa marrom, o Jumbinho, de propriedade de Luís de Lima Garcia, alguns políticos se sentiram atingidos pelo Dossiê. Com isso, a história desandou a sofrer solavancos.
Era um capítulo por semana que esse Jumbinho publicava, conta J Humberto Henriques. Diante dos desmandos da política no Triângulo Mineiro daquela época – não está muito diferente vinte anos depois -, J Humberto Henriques resolveu incluir todos os desonestos no Dossiê. E queria fazer chegar a público esse volume de obscenidades. De fato, como circulava em vinte e sete municípios do Vale do Rio Grande, o jornaleco acabou por ser lido por quem entendia do assunto. Ou seja, os próprios envolvidos no lamaçal. O tiro foi muito bem disparado.
E isso causou um alvoroço filhadaputa entre todos aqueles que mantinham o Poder nas mãos. 138. A Tragédia Humana Volume 1 – Marionetes
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esse exato momento vamos entrar numa das mais assombrosas produções de Literatura que foram construídas sobre a face desse planeta. Trata-se de A Tragédia Humana, novela em nove volumes, muito bem distribuídos ao longo de cerca de seis mil páginas ou mais que isso. Novela de fôlego excepcional. Esse primeiro volume