Manual de Acessibilidade para Igrejas: Inclusão de Deficientes Físicos e Mentais nas Igrejas

Durante a elaboração deste livro assisti a um diálogo em um filme que considerei um tanto quanto curioso e digno de nota.
No filme mencionado dois amigos se apresentavam como sócios e parceiros e ao se apresentarem diziam-se ambos, cada qual em separado, uma aberração, mas curiosamente, juntos eram seres humanos perfeitos.
O enigma era o seguinte, um possuía oito dedos nas mãos e o outro possuía doze dedos, assim sendo juntos eles possuíam vinte dedos nas mãos tornando-se assim normais.
Não será assim se nos completarmos como humanidade, buscando a quem oferecer algo que nos sobra e de quem possamos receber algo que nos falte?
No aspecto espiritual Jesus, o Perfeito, se fazendo um conosco, que somos seres imperfeitos, nos torna perfeitos, completos diante de Deus.
Não poderiam ser os seres “considerados” físico, emocional ou mentalmente perfeitos o complemento necessário aos que possuem alguma deficiência em qualquer área, e da mesma forma aprendermos com a tenacidade, o bom humor, a gratidão, e as qualidades inerentes aos que vencem suas próprias barreiras e limitações a eles impingidas pela vida?
No que diz respeito tão somente sobre a evolução do ser humano, seja politicamente, socialmente ou juridicamente, o comportamento atual já é um grande avanço se considerarmos a visão dos direitos do deficiente de trinta anos atrás.
Contudo, do ponto de vista espiritualista e cris-tão, desejamos que estes direitos adentrem as igrejas, consolidem-se no ensino teológico como conteúdo disciplinar.
Da mesma forma que ação social também carece de ser tratada, (veja nosso Livro Manual de Ação Social para Igrejas, Editora AGEAS, Amazon).
E, olhando para estes irmãos deficientes possamos ouvir claramente em nosso coração a frase imperativa de Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas! ”.
Pr. Daniel Ferreira de Souza