O
romance Malcriada é um texto elegante, à moda de todos os livros em proa de Humberto Henriques. O romance recria a história de mais um acontecimento fictício acontece no Triângulo Mineiro, na região que já busca as fronteiras com Goiás e o Mato Grosso. O tema do livro é recorrente na obra em prosa do autor. Sendo assim, a concepção do desenvolvimento social rural e urbano, fatores que mesclam a atividade de todas as personagens nesse livro magnífico, acaba por trasladar a abertura de fronteiras e o progresso civilizatório nesse mundo de diversidades. Todo o livro se concentra em torno da vida da personagem maior do romance – ao lado do outro grande personagem, Chico Bingola -, Celinha, uma mulher maravilhosa, segundo a concepção de beleza que singra de fio a pavio no romance, sendo mesmo ela que eleva o texto e dá nome ao livro. Ela é a Malcriada. Trata-se de uma personagem inigualável em toda a fartura da Literatura Universal. Há no título uma certa ironia que acaba por ser desmistificada à medida que progride o texto e os acontecimentos mais banais e aqueles mais absurdos acabam se encontrando. Essa é a tal diversidade mencionada, o que colore os livros do autor.
Esta personagem sem enigmas aparentes, Celinha, vive numa fazenda do Triângulo Mineiro, a Fazenda Congonha, de propriedade de aristocratas rurais. Tal motivo também enredou os primeiros romances de Humberto Henriques, como aconteceu em Urucuia e Geomorfosintaxe do Riso, da mesma maneira em muitos outros compêndios escritos pelo romancista mais fecundo do Brasil dos últimos tempos. Esse Malcriada é um livro de fôlego. Vai além das 800 páginas e precisa ser lido com esmero e cuidado devido à grande densidade o texto. Do ponto de vista constitucional, Henriques dá preferência nesse livro para as frases curtas – uma novidade introduzida agora em seus romances -, à alternação de ideias e fatos entre frase e frase. De tal sorte que, por exemplo, um determinado acontecimento comentado numa primeira frase é sugerido como contínuo na frase posterior, porém, com uma outra menor ideia intercalada, de tal sorte que isso cria um efeito de balanço em todo o romance, evidenciando a dinâmica de um mundo que está sendo descrito. Esse pormenor garante ao texto essa movimentação que parece não ter fim. Mesmo depois de fechado todo o texto, que se lê a última página, a interlocução sugerida pelas frases curtas ainda faz oscilar algum componente que deixou de ser comunicado ao leitor. Esse descritor proposital, essa alternância, tudo isso faz com que o livro tenha um espectro muito próprio e estilizado ao extremo.
Apesar de ser um livro cm tais características mórficas, todas as personagens exibem um caráter muito peculiar, intimo. Esse intimismo faz da obra uma peça complexa de introspecção. Os conceitos e filosofias aplicadas ao texto – sem que o autor, entretanto, entre na mensagem ou na história, ele apenas escreve e descreve, não participa diretamente dela – cumprem a sina da penetração textual mais profunda ao mundo que se reescreve. A Fazenda Congonha entra na concepção do leitor de uma maneira congruente, estigmatizada, de tal maneira isso é verdadeiro e lúcido, que a ação cinematográfica do enredo inteiro acaba por se decantar aos olhos de quem lê e se promove na memória como um sítio de determinação muito sólida. A dizer-se em outras palavras mais simples, a Congonha se abre como um lugar existente e existido, que não pode mais ser descartado da memória de quem dela faz uso no romance como um todo. Portanto, trata-se de uma peça de gosto genuíno e que aproxima o romancista da genialidade sem jaças.
Agora com 376 livros publicados pela amazona.com, Henriques acaba se enquadrando naqueles escritores que devem estar amenizando o volume de sua produção. Ele mesmo afirmara que esses grandes textos não fariam mais parte de sua grade de propostas. Porém, isso não parece ser uma verdade tangencial, posto que um dia revelada. Na verdade, esse livro, Malcriada revela um
romance Malcriada é um texto elegante, à moda de todos os livros em proa de Humberto Henriques. O romance recria a história de mais um acontecimento fictício acontece no Triângulo Mineiro, na região que já busca as fronteiras com Goiás e o Mato Grosso. O tema do livro é recorrente na obra em prosa do autor. Sendo assim, a concepção do desenvolvimento social rural e urbano, fatores que mesclam a atividade de todas as personagens nesse livro magnífico, acaba por trasladar a abertura de fronteiras e o progresso civilizatório nesse mundo de diversidades. Todo o livro se concentra em torno da vida da personagem maior do romance – ao lado do outro grande personagem, Chico Bingola -, Celinha, uma mulher maravilhosa, segundo a concepção de beleza que singra de fio a pavio no romance, sendo mesmo ela que eleva o texto e dá nome ao livro. Ela é a Malcriada. Trata-se de uma personagem inigualável em toda a fartura da Literatura Universal. Há no título uma certa ironia que acaba por ser desmistificada à medida que progride o texto e os acontecimentos mais banais e aqueles mais absurdos acabam se encontrando. Essa é a tal diversidade mencionada, o que colore os livros do autor.
Esta personagem sem enigmas aparentes, Celinha, vive numa fazenda do Triângulo Mineiro, a Fazenda Congonha, de propriedade de aristocratas rurais. Tal motivo também enredou os primeiros romances de Humberto Henriques, como aconteceu em Urucuia e Geomorfosintaxe do Riso, da mesma maneira em muitos outros compêndios escritos pelo romancista mais fecundo do Brasil dos últimos tempos. Esse Malcriada é um livro de fôlego. Vai além das 800 páginas e precisa ser lido com esmero e cuidado devido à grande densidade o texto. Do ponto de vista constitucional, Henriques dá preferência nesse livro para as frases curtas – uma novidade introduzida agora em seus romances -, à alternação de ideias e fatos entre frase e frase. De tal sorte que, por exemplo, um determinado acontecimento comentado numa primeira frase é sugerido como contínuo na frase posterior, porém, com uma outra menor ideia intercalada, de tal sorte que isso cria um efeito de balanço em todo o romance, evidenciando a dinâmica de um mundo que está sendo descrito. Esse pormenor garante ao texto essa movimentação que parece não ter fim. Mesmo depois de fechado todo o texto, que se lê a última página, a interlocução sugerida pelas frases curtas ainda faz oscilar algum componente que deixou de ser comunicado ao leitor. Esse descritor proposital, essa alternância, tudo isso faz com que o livro tenha um espectro muito próprio e estilizado ao extremo.
Apesar de ser um livro cm tais características mórficas, todas as personagens exibem um caráter muito peculiar, intimo. Esse intimismo faz da obra uma peça complexa de introspecção. Os conceitos e filosofias aplicadas ao texto – sem que o autor, entretanto, entre na mensagem ou na história, ele apenas escreve e descreve, não participa diretamente dela – cumprem a sina da penetração textual mais profunda ao mundo que se reescreve. A Fazenda Congonha entra na concepção do leitor de uma maneira congruente, estigmatizada, de tal maneira isso é verdadeiro e lúcido, que a ação cinematográfica do enredo inteiro acaba por se decantar aos olhos de quem lê e se promove na memória como um sítio de determinação muito sólida. A dizer-se em outras palavras mais simples, a Congonha se abre como um lugar existente e existido, que não pode mais ser descartado da memória de quem dela faz uso no romance como um todo. Portanto, trata-se de uma peça de gosto genuíno e que aproxima o romancista da genialidade sem jaças.
Agora com 376 livros publicados pela amazona.com, Henriques acaba se enquadrando naqueles escritores que devem estar amenizando o volume de sua produção. Ele mesmo afirmara que esses grandes textos não fariam mais parte de sua grade de propostas. Porém, isso não parece ser uma verdade tangencial, posto que um dia revelada. Na verdade, esse livro, Malcriada revela um
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): JOSE HUMBERTO da Silva HENRIQUES
- ASIN: B08W4NG76D
- Idioma: Português
- Tamanho: 2824 KB
- Nº de Páginas: 647
- Categoria: Romance
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro MALCRIADA, escrito por JOSE HUMBERTO da Silva HENRIQUES. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.