Mais do Mesmo: Ensaios do cotidiano

Por que mais do mesmo? Porque não pretendo ser original. A autenticidade é um mal que assola o cotidiano e demonstra como o orgulho corrói a sociedade. Não há nada de novo debaixo do sol. Tudo é vaidade, já diria o sábio. Portanto, decidi abrir mão do meu pecado, reconhecer minha ignorância, e escrever mais do mesmo. Portanto, os ensaios que estão neste livro são meu grito de liberdade, ainda que utópica, pois anseio livrar-me das cadeias de tentar agradar a todos, de tentar criar algo novo. Escrevo com a tinta de meus antepassados, talvez como uma forma de honrá-los, reconhecendo o caminho que eles abriram para que eu possa caminhar.

Não sei quais serão os efeitos que essas palavras farão no leitor, apenas não pretendo que mude sua vida. Se você puder apenas desfrutar de alguns minutos de leitura que o façam sumir desse mundo, estarei satisfeito. Se não, também ficarei satisfeito, não há garantias. Escolhi escrever em formato de ensaio pois são textos curtos, que não terminam no ponto final, que deixam uma centeia de dúvida no leitor. São textos que dizem muito pouco, querendo esgotar tudo em poucas palavras, e talvez não consiga. São palavras ao vento, como tudo na vida, efêmero.