Madalenamente Brasileiras: A resiliência das mulheres brasileiras num contexto de violência no interior do Brasil
Por José Afonso PereiraNuma trama sobre seu trabalho no interior do sudeste brasileiro, Maria se tornara uma mulher diferente após ser educada pela mãe num contexto de resistência à violência após o desaparecimento do pai.
Maria, a jovem professora, se envolve com o novo padre. Dele, só quer apoio intelectual e o básico enquanto mulher.
A aldeia da pedra é um antigo quilombo configurando-se num povoado sobre o qual Maria escrevera um romance.
Madalenamente brasileiras narra o reencontro de Maria com o pai, quase duas décadas depois de ele ter sido sequestrado pelo regime militar. Para ajudá-lo, ela e a mãe organizam a leitura do seu romance: O Enigma da Pedra. Os encontros ajudam na reelaboração do afeto entre eles e se tornam conversas sobre arte, cinema e literatura.
A história tece o cotidiano no interior do Brasil a partir do imaginário feminino. É uma multiplicidade de leituras trazida à luz pelo olhar de uma jovem professora no inicio dos anos oitenta.
Maria é uma jovem que não vai para a cidade e, contra a vontade da mãe, fica na Aldeia da Pedra porque está comprometida com o seu povo num projeto de educação.
O desfecho aponta para a nova geração: os filhos da resistência, o desafio de se libertarem das amarras do corpo para transformar sonhos em ações.
É uma história contada em dois tempos que confluem para uma nova etapa na vida de Maria.
Maria escreve seu livro dos 16 aos vinte anos, assim que começa sua carreira na sala de aula e tem contato com o florescer da Teologia da Libertação e com o inicio dos movimentos de resistência a ditadura, quando a jovem professora recebeu as primeiras influências do pensamento de Paulo Freire.
Com a produção do livro, Maria busca preencher o vazio existencial, pois almeja autoconhecimento e quer entender sua história.
O seu Livro: O Enigma da Pedra, aborda o drama de Lina na luta pela dignidade do povo negro e a saga da imigrante Ana que, após fracassar no Rio como lavadeira, vai para as montanhas onde é acolhida por Antônio, o velho amigo Italiano. Com ele, Ana tem a quarta filha – Maria – que não pôde nem alimentar. Desconstituída em sua dignidade, Ana passa a fazer partos, benzer ajudar no socorro a doenças em troca de comida.
Ana e Lina são duas anciãs importantes na constituição do povoado.
No drama, machismo, racismo, pedofilia. Religião, poder e pobreza são tratados em histórias de amor cujo tema de fundo é a resiliência da mulher brasileira.
O livro é resultado de suas pesquisas, escrito a partir dos registros de Antônio que, na Aldeia da Pedra montara uma oficina onde consertava e produzia coisas para o dia a dia. Dali, da oficina, ele fazia o combate ao antigo padre aconselhando as pessoas sobre como enfrentar os desmandos do tirano que acabou por ser assassinado pelas mãos de alguém do lugar.
Numa abordagem sobre justiça e dignidade humana as mazelas culturais brasileiras são expostas e refletidas sobre a ótica da mulher. É uma multiplicidade de leituras sobre a história de vários personagens a partir da década de cinquenta. É um esforço de uma jovem brasileira, professora autodidata, com sede de história num ambiente de repressão militar.
Surpreendida com o retorno do pai, já tido como morto , ela é instigada a ajudá-lo há resgatar o tempo que lhe fora roubado. Para isso, conta-lhe a história da aldeia. Essa, narrada em primeira pessoa, se passa em uma semana. O passado e o presente se materializam numa na nova família, numa nova aldeia, num sonho diferente. Seu pai se revela um apaixonado por cinema. Sedento por vida quer resgatar o tempo perdido e reinventar-se. Maria escrevera sobre a aldeia e ele vê no cinema uma maneira de manter-se vivo e mais produtivo.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Afonso Pereira
- ASIN: B0771Z5S18
- Editora: José Afonso Pereira
- Idioma: Português
- Tamanho: 3872 KB
- Nº de Páginas: 405
- Categoria: Romance
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