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São diversas histórias reunidas no contexto de crítica de costumes à sociedade portuguesa A história principal decorre em dois planos distintos: período revolucionário de 74 e trinta anos depois, no verão de 2011 o encontro entre os antigos companheiros num jantar de evocação de memórias.
Será o percurso em busca dos amigos por parte do protagonista que o faz concluir que todos eles falharam, à semelhança das personagens queirosianas. Apesar da democracia, de maior informação, não vão deixar qualquer marca de criatividade no país. Cada vez se vive mais depressa, a vida esgota-se em bytes, débitos, créditos códigos, pin’s, prestações. A imbecilidade progride na proporção do crédito concedido. A viagem pelas memórias fá-lo descobrir-se e descobrir que é um inadaptado aos tempos modernos em que tudo é efémero, rápido, predominando muita tecnologia para pouca amizade e solidariedade. Têm telemóveis, carros, casas, têm mais bens materiais mas não evoluíram, perderam espontaneidade.
Deixaram de ser genuínos e absorveram carácter massivo e imparável da cultura de globalização. No final, resta o desencanto com o rumo da revolução numa geração a atravessar a crise da meia idade.