Linha de Tiro: O Desafio de ser Policial (1)

A obra, conta com detalhes a rotina dos policiais militares, desde o treinamento até a sua atividade nas ruas, destacando suas dificuldades e as tragédias que fazem partem do seu dia a dia. “São, em resumo 85 relatos de sofrimento e dor, histórias de abandono, de policiais que precisam de apoio”, resume a escritora. A obra foi escrita após seis meses de pesquisa dentro da Corporação, especialmente no Batalhão da ROTA. A obra começa com uma breve homenagem ao BOPE, uma vez que foi lá que a autora despertou seu interesse pela atividade policial. Roberta é carioca, mas veio morar em São Paulo por medo de continuar vivendo no Rio de Janeiro. “Quando cheguei aqui, notei que tudo parava quando a Rota passava”, conta Roberta.
A intenção da autora, segundo ela mesma conta, é transmitir uma realidade sobre a rotina policial que a população desconhece, mostrando o lado humano da Corporação, suas dificuldades e seus medos, o enfrentamento com o crime organizado e o abandono pelo Estado e pela própria sociedade.
Ser um Agente da Lei não é nada fácil… Cada ocorrência que passamos logo pensamos: temos que solucionar esse problema de qualquer forma… Não ficamos muito preocupados com o tamanho do adversário. Se você perguntar a qualquer Policial Militar, hoje, de qualquer batalhão, em serviço, e muitas vezes até fora dele, você vai ouvi-lo dizer que se perceber qualquer roubo, ou sequestro, ou qualquer outra ocorrência em curso, a última coisa que ele pensará será na esposa, nos filhos, na sua família… Também não irá pensar no tamanho de fogo dos adversários, se estão armados com revólver, pistolas ou metralhadoras. Ele sempre está pronto para finalizar a situação. Ele esquece tudo a sua volta, seu objetivo é único: salvar a vida de um cidadão. Quando toca a sirene dentro do Batalhão, para nós, não é um convite para uma comemoração, um chamado para o horário do lanche ou do almoço. É alguém naquele exato momento que está precisando de nós! Não dá para ignorar o chamado… Está em nosso sangue! Pode até ser que essa ocorrência seja de um cidadão que se encontra aflito em ver seu animal de estimação em cima de um telhado.