Labirintos da Memória: Genealogia da Família Costa Marques, Arruda e Sá, Paes de Barros

Em início da década de 2000, publiquei no ORKUT os primeiros dados desta pesquisa sobre a família Costa Marques, remontando ao primeiro membro António da Costa Marques – português de Coimbra, que aqui aportou na leva dos bandeirantes. Não há nenhum registro de outro irmão seu, daí, ter-se construído a árvore a partir de apenas um indivíduo que casando-se aqui, começou toda uma estrutura familiar, vinculada às famílias mais antigas da região. Somos, portanto, produto de numerosas e conhecidas linhagens do Estado que se uniram num grande consórcio familiar. Esse consórcio foi responsável por tudo que a família conquistou até o presente. De olhos postos nessa mistura de caracteres culturais, religiosos, políticos, de diferentes raças e etnias, observamos que essa foi a receita para todo o sucesso familiar, pois criou indivíduos tenazes, fortes o bastante para lutarem e moldarem seu próprio universo, construindo, assim, as bases deste Estado.

Colonizadores por excelência, nossos antepassados cuidaram de definir os limites físicos, políticos, econômicos, culturais e religiosos dos seus domínios. Hoje, encontramos familiares em todo o território nacional e no exterior e, além disso, temos vultos destacáveis nos diversos setores da vida pública, no passado e no presente.

Passados anos, a velocidade das mudanças tornou-se vertiginosa, nos mais diferentes setores da vida humana. Se antigamente, a família se encontrava nos salões dos sobrados, casarões e casas de fazenda; se elas “batiam papo” sentadas em cadeiras de balanço nas calçadas das casas, hoje se encontram nas comunidades virtuais. A internet tornou-se ponto de encontro das gerações mais jovens, num tempo em que as comunidades virtuais vencem distâncias e possibilitam a troca de informações, criando um intercâmbio de mão dupla, ou seja, um informa e o outro pode complementar essa informação, visto que não há o aprisionamento, o congelamento, a falta de dinâmica das formas mais antigas de comunicação. A colaboração é o fator preponderante da informação no mundo virtual, por isso, volto a publicar minha pesquisa em forma de E-book, com o suporte de um site onde todos poderão contribuir com novos dados para ampliar nossa árvore.

A iniciadora do emaranhado de lembranças foi minha mãe – Maria Antonietta da Costa Marques, ou Maria Antonietta Marques Gahyva, sentamo-nos dias e dias, cuidando da montagem do esqueleto desta árvore, de 1994 a 2006, quando publiquei no Orkut a primeira parte desta coleta de dados, elaborada pelas informações recebidas de parentes. Nesse trabalho examinamos antigas anotações manuscritas sobre a genealogia da família, certidões, testamentos, diários de nascimento, batismo, casamento e morte de filhos e outros familiares; agendas, fotos de álbuns de família etc., um enumerável universo de material. Hoje, vários dos colaboradores já se foram, como a pioneira, deixando conosco suas memórias vivenciais.

Este livro é uma maravilhosa reconstrução de 300 anos de história familiar e social. Aproveite o conteúdo desta edição e participe das próximas, enviando dados para que você e seus familiares, mais próximos, estejam presentes nesta história.