José Lins do Rego: A Faca Afiada
Por José Humberto da Silva Henriques Quando um romancista e poeta resolve escrever um ensaio, produzindo ainda em larga escala a poesia e a ficção, é de se esperar que o resultado seja, no mínimo, exótico. A grandeza exponencial do texto que não pode jamais ser acadêmico em seus rigores, não pode traduzir essa banda pragmática da produção do texto, sendo assim, devia-se para aquele ineditismo que somente o poeta consciente consegue levar avante. Pois A Faca Afiada é assim, um ensaio apaixonado sobre a obra inteira de José Lins do Rego. Entretanto, sem um conhecimento profundo da obra e algo a mais do autor, ensaísta algum sobre a face dessa terra conseguiria concluir – ou mesmo sequer iniciar – um projeto de tamanha consciência e envergadura.
Esse é um ensaio com características próprias do grande criador de romances e poesias. Humberto Henriques falou alguma coisa sobre esse ensaio. Disse ele que esse ensaio começou a ser formado elaborado em ideias, sua cabeça guardando os detalhes, nos idos de 1974/1975, quando era obrigatório quase nas escolas a leitura de Fogo Morto. Fogo Morto, bem como Chapadão do Bugre e Sagarana, eram livros indexados para quem fosse prestar o vestibular. O adolescente nessa época, enfronhado completamente em toda a Literatura e Filosofia, inicia-se como franco-atirador no estudo da psicanálise. Já havia lido quase toda a obra de Lins do Rego. Para esse leitor, todavia, não havia livro obrigatório, os livros faziam parte de sua vida. Eram condições vitais. Estava a ser formado um dos maiores escritores do planeta, segundo a nossa concepção.
Aqui, em A Faca Afiada, estão reunidos num grande ensaio outros menores, são ensaios literários com algum laivo de academicismo, porém, com a marcante maneira de dizer as coisas próprias do romancista. Quando a banda acadêmica surge com mais vigor, a sensibilidade do poeta fala mais alto e se põe a comandar a criação, a escrita, de tal maneira isso se configura, um maneira tenaz e flexível – ao mesmo tempo -, que o resultado final é uma obra sui generis, totalmente diferente de uma proposta endurecida de proposta de verificação de hipóteses. Ou de demonstração de relicários ou casuística aplicada a qualquer envolvimento nas áreas das famosas ciências humanas.
Essa é uma obra ímpar, necessária para o conhecimento da vida e obra do grande José Lins do Rego, representante máximo da Literatura, no chamado Ciclo da Cana de Açúcar. Humberto Henriques conta-nos também que essa leitura toda o fascinava – veja-se também José Américo de Almeida – porque era uma condição telúrica e facilmente apreendia pelo seu espírito no momento em que estava a se verificar dentro dessa leitura magnifica. De tal sorte que, tudo que fazia parte dessa terra devia mesmo ser um espelhado nas coisas que o autor viveu em sua terra natal, em Brejo Bonito, região do Alto Paranaíba, e diga-se de passagem, já muito próxima do chamado Polígono da Seca. Nesses tempos de preparação para vestibular, conta-nos Henriques, a leveza maior de tudo era ter um livro nas mãos. José Lins do Rego fez parte desse lazer que tinha um que de solidão enorme em toda a sua concepção e posterior desenvolvimento.
Humberto Henriques sai do lugar comum que analisa escritores e suas obras, cai num mundo particular. Se é uma situação particular, a visão é também privada. Nada ainda tinha sido escrito sobre José Lins do Rego, pelo menos dessa forma luzidia e cheia de sensibilidade. Na verdade, esse amor retumbante pela literatura e pela terra faz do escritor, do romancista e poeta um grande alvoroço dentro das Letras do planeta. Um ensaio como esse chega a ser, de fato, uma dissertação das mais comoventes que se podem imaginar.
Nesse mundo do ensaio, suas opiniões de ensaísta são próprias e talvez nem muito hábeis para serem ensinadas em salas comuns de aula. Talvez não. Mas pode ser que sim. Referência bibliográfica para José Lins do Rego. É disso que se trata aqui. Em qualquer estante de amantes da Literatura esse livro devia estar. Sem a men
Esse é um ensaio com características próprias do grande criador de romances e poesias. Humberto Henriques falou alguma coisa sobre esse ensaio. Disse ele que esse ensaio começou a ser formado elaborado em ideias, sua cabeça guardando os detalhes, nos idos de 1974/1975, quando era obrigatório quase nas escolas a leitura de Fogo Morto. Fogo Morto, bem como Chapadão do Bugre e Sagarana, eram livros indexados para quem fosse prestar o vestibular. O adolescente nessa época, enfronhado completamente em toda a Literatura e Filosofia, inicia-se como franco-atirador no estudo da psicanálise. Já havia lido quase toda a obra de Lins do Rego. Para esse leitor, todavia, não havia livro obrigatório, os livros faziam parte de sua vida. Eram condições vitais. Estava a ser formado um dos maiores escritores do planeta, segundo a nossa concepção.
Aqui, em A Faca Afiada, estão reunidos num grande ensaio outros menores, são ensaios literários com algum laivo de academicismo, porém, com a marcante maneira de dizer as coisas próprias do romancista. Quando a banda acadêmica surge com mais vigor, a sensibilidade do poeta fala mais alto e se põe a comandar a criação, a escrita, de tal maneira isso se configura, um maneira tenaz e flexível – ao mesmo tempo -, que o resultado final é uma obra sui generis, totalmente diferente de uma proposta endurecida de proposta de verificação de hipóteses. Ou de demonstração de relicários ou casuística aplicada a qualquer envolvimento nas áreas das famosas ciências humanas.
Essa é uma obra ímpar, necessária para o conhecimento da vida e obra do grande José Lins do Rego, representante máximo da Literatura, no chamado Ciclo da Cana de Açúcar. Humberto Henriques conta-nos também que essa leitura toda o fascinava – veja-se também José Américo de Almeida – porque era uma condição telúrica e facilmente apreendia pelo seu espírito no momento em que estava a se verificar dentro dessa leitura magnifica. De tal sorte que, tudo que fazia parte dessa terra devia mesmo ser um espelhado nas coisas que o autor viveu em sua terra natal, em Brejo Bonito, região do Alto Paranaíba, e diga-se de passagem, já muito próxima do chamado Polígono da Seca. Nesses tempos de preparação para vestibular, conta-nos Henriques, a leveza maior de tudo era ter um livro nas mãos. José Lins do Rego fez parte desse lazer que tinha um que de solidão enorme em toda a sua concepção e posterior desenvolvimento.
Humberto Henriques sai do lugar comum que analisa escritores e suas obras, cai num mundo particular. Se é uma situação particular, a visão é também privada. Nada ainda tinha sido escrito sobre José Lins do Rego, pelo menos dessa forma luzidia e cheia de sensibilidade. Na verdade, esse amor retumbante pela literatura e pela terra faz do escritor, do romancista e poeta um grande alvoroço dentro das Letras do planeta. Um ensaio como esse chega a ser, de fato, uma dissertação das mais comoventes que se podem imaginar.
Nesse mundo do ensaio, suas opiniões de ensaísta são próprias e talvez nem muito hábeis para serem ensinadas em salas comuns de aula. Talvez não. Mas pode ser que sim. Referência bibliográfica para José Lins do Rego. É disso que se trata aqui. Em qualquer estante de amantes da Literatura esse livro devia estar. Sem a men
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): José Humberto da Silva Henriques
- ASIN: B01MG43EO9
- Idioma: Português
- Tamanho: 1190 KB
- Nº de Páginas: 82
- Categoria: Literatura e Ficção
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro José Lins do Rego: A Faca Afiada, escrito por José Humberto da Silva Henriques. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.