Janelas de uma Alma: Antologia Poética

Você acha que o leitor abandonou a poesia, ou foi o poeta que abandonou o leitor?
O que você busca na poesia: a beleza estética ou a nudez com que o poeta se expõe, através de seus versos?
Me diga: se você chagou até aqui, é porque gosta de poesia…posso concluir que você também é poeta, mesmo sem saber que é?
Pode ser que você encontre algumas das respostas acompanhando esta poetisa que nasceu em família de Marias, como “Maria de Siqueira”. Ela se reconheceu como “Aracy”, para si e para muitos, mas seus pais e seus irmãos preferiram alcunhá-la como “Santa”. Três nomes para uma única alma, que vive nesta terra com extrema sensibilidade.
Durante oito décadas sentiu o mundo, regozijou e ressentiu-se com ele. Ao longo da jornada sublimou seus sentimentos em rico arranjo de palavras, ideias e sonoridades, fazendo do ritmo e da métrica instrumentos para sua arte.
Neste livro, devolve ao mundo suas impressões, permitindo-nos palmilhar uma parte de sua alma, que, inconstante, já fora triste, vacilante, corajosa, reticente, amarga, desejante, esperançosa e pujante…
Não houve qualquer compromisso na disposição das poesias nesta antologia, porque o inconsciente é atemporal, e são estes fragmentos de alma embaralhados que dão significado a humanidade da autora.
Esta obra oferece um reflexo do reflexo do mundo. Um olho no olho, entre autora e leitor. É um convite a comoção… a passagem pelas janelas de uma alma.