Isto não é um mapinguari. Fronteiras moventes, relações, saberes e poderes

Por Heloísa Helena Siqueira Correia
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Reúnem-se aqui os trabalhos apresentados nos Grupos de Trabalho durante o I Congresso Métodos Fronteiriços: objetos míticos, insólitos e imaginários realizado na cidade de Porto Velho de 08 a 10 de Abril de 2015. O evento foi promovido pelo Grupo de Pesquisa em Estudos Literários, Centro de Estudos Interdisciplinares sobre o Imaginário Social, Grupo de Pesquisas Mapa Cultural – Centro Interdisciplinar de Estudos em Cultura e Artes, Programa de Mestrado em Estudos Literários e Programa de Mestrado em História e Estudos Culturais da Universidade Federal de Rondônia. Articulados à proposta do Congresso, os GTs proporcionaram a reunião de estudantes, professores, pesquisadores e demais interessados no debate sobre temas urgentes em contexto amazônico.

Estiveram em discussão temas como o extermínio sistemático dos povos originários; a exclusão e o isolamento impostos às populações tradicionais e comunidades habitantes da região; a relação problemática dos seres com a natureza amazônica e mais especificamente com a terra/Terra, desde os conflitos agrários até a relação mais fundamental dos seres com o espaço; questões de gênero, cultura e construção de identidades móveis e em trânsito; a crise e os efeitos da economia numa esfera múltipla e microcósmica; a força dos saberes não ocidentais na construção de um contra discurso que critica e desconstrói a colonização; os modos narrativos orais, com sua abundante carga mítica e imaginária; a capacidade de intervenção da estética dos mitos e do imaginário na consciência histórica dos sujeitos; a postura de resistência das literaturas americanas compreendidas como participantes do realismo maravilhoso e do insólito literário; as atitudes estéticas, históricas e antropológicas contra a homogeneização e os processos de exotização da região; e os objetos raros que se encontram na Amazônia visível e invisível, a partir da perspectiva de múltiplos saberes, inclusive os saberes orais.

Com estes textos os leitores poderão perceber que habitam fronteiras de várias dimensões e linguagens, como as fronteiras espaciais que se constituem como objeto da colonização e da luta intestina pelo poder; as fronteiras temporais impostas pelas reflexões de historiadores e estudiosos da literatura que trabalham a favor de outra historiografia dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; os liames entre o oral e o escrito, entre ficção e história e entre a representação e o vivido, assim como as fronteiras/encruzilhadas entre diferentes matrizes culturais e entre os próprios saberes ocidentais, como antropologia, arqueologia, teoria literária, história, literatura, filosofia, cultura e geografia.

Andar por estas fronteiras exige de todos (pesquisadores, habitantes e leitores da Amazônia) certa atenção no que diz respeito à construção de métodos fronteiriços que não sirvam à colonialidade do saber e do poder, e possuam verve compatível com os objetos raros, insólitos, fantásticos, imaginários e complexos que abordam. A coautoria dos textos é invariavelmente reservada ao leitor que os submeterão a crivo. Anseia-se que seja pelo tempo que a leitura e o diálogo requer, o tempo da vida e da memória.

Características do eBook

Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:

  • Autor(a): Heloísa Helena Siqueira Correia
  • ASIN: B01COC7D1K
  • Editora: Poiesis
  • Idioma: Português
  • Tamanho: 3138 KB
  • Nº de Páginas: 746
  • Categoria: História

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