Irredutivelmente liberal: Política e cultura na trajetória de Júlio de Mesquita Filho

Mesquita dirigiu o jornal O Estado de S. Paulo por mais de quatro décadas, até sua morte, em 1969. Nesse período, participou ativamente dos principais acontecimentos e campanhas que mobilizavam o país, atuando inclusive como protagonista na criação da Universidade de São Paulo. Opositor ferrenho à ditadura Vargas, foi preso catorze vezes, exilado em duas oportunidades e seu jornal confiscado durante cinco anos pelo regime do Estado Novo.

Neste livro, as pinceladas sobre sua vida e obra são uma aula sobre a história do Brasil, já que relatam fatos e promovem reflexões sobre questões cruciais para o país. Com o texto de Roberto Salone e reproduções de capas de jornal e fotos de época, o livro revela a trajetória de um dos mais importantes jornalistas do século XX.

JMF, segundo o professor e crítico de literatura Antonio Candido de Mello e Souza: “Devo dizer que apesar do pouco convívio e da diferença de ideias, sempre tive por ele não apenas grande admiração, mas verdadeiro afeto. Foi dos homens mais íntegros, desprendidos e patriotas que conheci. Nele, o senso do dever público era quase religioso e o amor pelo saber uma paixão”.