Inverno Espacial: Vol. 1 Emissários da Tormenta

Os Deuses já não estão mais entre nós. Restam apenas resquícios de uma era passada, de quando criaturas e criadores habitavam juntos no Cosmos. Em suas pacatas vidas, os homens não necessitam mais de soluções divinas, apenas confiam na ciência.
Com uma constante expansão e evolução tecnológica, as fontes de energia estão se esgotando. Desta forma, o Conselho de Argandor criou um projeto secreto, no qual várias missões de exploração espacial saíram em busca da Estrela Invernal. Tal Estrela era citada como parte de uma antiga lenda, segundo a qual, possui um núcleo capaz de gerar energia infinita.
Ao todo, doze naves exploratórias foram enviadas na procura da Estrela Invernal. Após cinco anos e nenhuma resposta, o projeto foi considerado fracassado, e as naves perdidas. Vinte e dois anos depois, um sinal de socorro automático é recebido numa Estação Espacial.
Uma equipe de resgate é acionada para responder ao chamado, tratado apenas como uma simples verificação de rotina. O destino é um setor longínquo ainda não catalogado pelo Conselho de Argandor. O Capitão Falkanzo e sua equipe vão em busca de um salvamento que poderá trazer a ruína de toda raça humana: a revelação de uma força oculta jamais evocada.
Sem a força divina para os guiar, os homens entram em sua era mais sombria: o “inverno” que vem para assolar todo o infinito. Diante da guerra que está por vir, a humanidade precisa de auxílio. Serão os reclusos seres primitivos que habitam partes distantes do Cosmos aliados nesta guerra que compete a todas as raças? Terá a raça humana a capacidade de lidar com o poder divino carregado pelos elfos? Ou ainda, aprender a arte da guerra empreendida pelos anões na eterna batalha contra os gigantes? Haverá tempo? A guerra já começou.

“Em meio aos delírios febris, o capitão Falkanzo observou os sinais de alerta da nave serem emitidos, ecoando o alarme sob aquela continua luz vermelha reluzente e piscante. Ele não conseguia se mover da cadeira, e notou que a maioria de seus tripulantes já estavam inconscientes. Não pôde fazer mais nada, nenhum pensamento passou por sua cabeça. Ainda que se esforçasse para se manter consciente, aquela sensação de medo e tristeza voltou a acometê-lo numa onda ainda mais violenta. Seu último lampejo de consciência foi o da voz do computador de bordo anunciar os procedimentos automáticos de retorno. Uma última batida de coração, um último suspiro, e a leve esperança de que a nave pudesse salvá-los. ”