Em nome da “urgência biológica e social” crianças e
adolescentes diagnosticados como intersexuais são submetidos à diversos
procedimentos médicos e cirúrgicos que garantam desde a primeira infância a
correção de alguma “atipicidade sexual anatômica”. No âmbito médico acredita-se
que tal adequação do fenótipo à “identidade de gênero” garantiria o adequado bemestar
psicossocial e sexual destes sujeitos. Tais intervenções biomédicas precoces
negam ao sujeito intersexual o direito à autodeterminação e direito ao próprio corpo.
Coloca em risco a integridade pessoal (física e psicológica) e o livre
desenvolvimento da personalidade ao permitir que a decisão sobre a readequação
sexual seja tomada por pessoa diversa daquela que sofrerá a intervenção em seu
próprio corpo. Questionamos aqui a legitimidade para a realização de intervenção
médica precoce que nega participação àquele sujeito que terá que suportar em seu
próprio corpo todos os procedimentos cirúrgicos, os efeitos do tratamento e as
repercussões subjetivas, psicológicas, sociais e políticas da escolha sobre a
pertença a um determinado sexo/gênero em sociedades marcadamente sexistas e
heteronomativas como a nossa.
adolescentes diagnosticados como intersexuais são submetidos à diversos
procedimentos médicos e cirúrgicos que garantam desde a primeira infância a
correção de alguma “atipicidade sexual anatômica”. No âmbito médico acredita-se
que tal adequação do fenótipo à “identidade de gênero” garantiria o adequado bemestar
psicossocial e sexual destes sujeitos. Tais intervenções biomédicas precoces
negam ao sujeito intersexual o direito à autodeterminação e direito ao próprio corpo.
Coloca em risco a integridade pessoal (física e psicológica) e o livre
desenvolvimento da personalidade ao permitir que a decisão sobre a readequação
sexual seja tomada por pessoa diversa daquela que sofrerá a intervenção em seu
próprio corpo. Questionamos aqui a legitimidade para a realização de intervenção
médica precoce que nega participação àquele sujeito que terá que suportar em seu
próprio corpo todos os procedimentos cirúrgicos, os efeitos do tratamento e as
repercussões subjetivas, psicológicas, sociais e políticas da escolha sobre a
pertença a um determinado sexo/gênero em sociedades marcadamente sexistas e
heteronomativas como a nossa.
Características do eBook
Aqui estão algumas informações técnicas sobre este eBook:
- Autor(a): Érika Pretes
- ASIN: B07TDDCJ68
- Editora: Initia Via
- Idioma: Português
- Tamanho: 2027 KB
- Nº de Páginas: 243
- Categoria: Direito
Amostra Grátis do Livro
Faça a leitura online do livro Intersexualidade e o direito ao corpo, escrito por Érika Pretes. Esse é um trecho gratuito disponibilizado pela Amazon, e não infringe os direitos do autor nem da editora.