(In)fungível

Dois personagens de perfis antagônicos, com um desejo em comum – tornar-se um artista de sucesso – protagonizam essa história. O primeiro personagem, chamado Joseilton Lopes da Silva, é um garoto humilde, da periferia de São Paulo, cuja família, de imigrantes nordestinos, sempre viveu em condições materiais e financeiras paupérrimas. O segundo personagem é um inglês, executivo do mercado financeiro, chamado Brian Lyndon Johnson, de família aristocrática e privilegiada, que, portanto, sempre viveu em meio ao luxo e a ostentação. Ambos sofrem com transtornos mentais; Joseilton é esquizofrênico, e Brian, por sua vez, além de depressivo “leve”, é diagnosticado com transtorno bipolar. Se, por um lado, Joseilton almeja apenas se expressar através de sua arte, Brian denota uma impaciência para conquistar o mundo e a fama, independente dos meios utilizados para alcançar o seu objetivo. Por meio desse sonho que une ambos os personagens, desse desconforto com a própria realidade, dessa ambição de romper com o próprio destino, criando uma arte única, para, enfim, serem reconhecidos como artistas, os próprios fatos e acontecimentos vão se entrelaçando e formando uma teia ao longo da história, de modo que os personagens terão as suas vidas interligadas, porém, de algum modo, permanecendo completamente destacadas uma da outra.